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12 || O Gato

"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui

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"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca".

"Como é que você sabe que eu sou louca?", disse Alice.

"Você deve ser", disse o Gato, "Senão não teria vindo para cá.

Alice no país das maravilhas
Lewis Carroll

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O anúncio do falecimento de Rhea Royce veio nove dias depois.

Souberam que, enquanto falcoava por suas terras no Vale, Lady Rhea acabou caindo de seu cavalo e batendo a cabeça em uma pedra, teve o crânio partido e mais uma dúzia de ossos quebrados e, daquele dia em diante, foi confinada em uma cama entre a vida e a morte. Nove dias. Nove dias foram o suficiente para que ela acordasse e se levantou de sua cama... ela desmaiou novamente uma hora mais tarde, no entanto, nunca mais voltou a abrir os seus olhos.

Estava morta.

E era isso que estava fervilhando na Corte.

E era isso que estava fervilhando na mente de Agatha Van Doren... uma grande ironia que, pouco tempo após ela falar sobre a fragilidade da vida de Rhea para o Príncipe Desonesto, tudo acabasse se desenrolando.

Ironia? Destino? Armação... Agatha nunca acreditou em destino, no entanto, os últimos meses e a sua inexplicável situação acabaram por pôr em cheque tudo o que ela acreditava. Ainda assim, era uma Ironia grande demais para acreditar em casualidade... sentiu-se péssima por nove dias, como se o sangue de Lady Royce estivesse em suas mãos.

E quanto mais pensava no rosto desconhecido de uma mulher desconhecida, mais Agatha se sentia responsável... se questionou durante dias se Daemon poderia ter se livrado tão rapidamente de Rhea após aquela conversa. No entanto, se consolava ao pensar que talvez Lady Rhea pudesse ter contado qualquer envolvimento do marido em algum atentado contra a sua vida... ainda assim, existia o fantasma de um sentimento ruim preso em sua garganta.

Uma certa culpa velada.

E talvez, apenas talvez, tenha sido isso que a levou a vagar pelos corredores escuros da Fortaleza Vermelha durante aquela noite, aproveitando-se das sombras para vagar sem olhos curiosos presos em suas costas- poderia fingir que estava atrás dos aposentos da Rainha ou, então, de Lady Deana se encontrasse alguém em meio a sua caminhada por entre caminhos secundários e corredores isolados. Ela sabia onde e quando ir... graças a sua atual posição como Dama de Companhia, Lady Alyrya acabou por descobrir a localização dos aposentos de todos os membros da realeza, até mesmo o da Princesa Rhaenyra e do Príncipe Daemon. "Eu não deveria fazer isso", era o que ela acabava por pensar quando atressava alguma escadaria. "Eu não deveria estar aqui", era o que ela pensava enquanto esperava algum criado desaparecer para finalmente continuar a caminhar."Eu deveria voltar e deixar isso em paz", era o que ela pensava ao olhar ao redor e buscar por algum rosto que pudesse incriminá-la. "Eu não tenho culpa", era o que ela pensava ao contar as portas e os andares, lembrando-se bem das informações que desenhou em sua mente que poderiam levá-la ao destino correto...

LINHA TÊNUE || DAEMON TARGARYENOnde histórias criam vida. Descubra agora