Capítulo 12

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Misaki Fujimoto estava profundamente abalada pela notícia do falecimento de Kyojuro Rengoku, o poderoso e otimista Hashira das Chamas. Enquanto absorvia a decisão de Tengen Uzui de se aposentar, a perda de Rengoku adicionou um peso emocional adicional ao seu coração já sobrecarregado.

Ela havia admirado Rengoku não apenas por suas habilidades formidáveis em combate, mas também por sua personalidade calorosa e seu espírito indomável. Ele era uma inspiração para Misaki e para muitos outros dentro da Ordem dos Caçadores de Demônios.

Misaki recordou das vezes em que treinara com Rengoku, suas brincadeiras amigáveis durante as guerras de água improvisadas e seus conselhos sábios sobre a importância do trabalho em equipe e da determinação inabalável. Agora, ele se fora, deixando um vazio doloroso na equipe dos hashira e na Ordem como um todo.

Enquanto processava essas emoções, Misaki encontrou-se ansiando pela presença reconfortante de Uzui, que sempre pareceu saber o que dizer nos momentos difíceis. No entanto, com sua decisão de se aposentar, Misaki sentiu como se estivesse perdendo não apenas um líder, mas também uma âncora vital em meio à turbulência que agora cercava a Ordem.

Ela compartilhou um momento silencioso com Uzui, onde a notícia da morte de Rengoku foi recebida, ambos refletindo sobre a perda de um amigo e colega tão querido. Uzui, embora reservado sobre seus próprios sentimentos, demonstrou um respeito sincero por Rengoku e sua contribuição para a Ordem dos Caçadores de Demônios.

Misaki sabia que, apesar da tristeza e incerteza que agora permeavam a sede da Ordem, eles teriam que continuar. Com a orientação dos hashira restantes, incluindo Uzui enquanto ele ainda estava ativo, Misaki se comprometeu a seguir em frente, honrando o legado de Rengoku e as lições que ele ensinara.

À medida que os preparativos para o funeral de Rengoku começaram a ser feitos e a Ordem se reorganizava para enfrentar os desafios futuros, Misaki encontrou um novo senso de determinação. Ela prometeu a si mesma que se tornaria mais forte, não apenas fisicamente, mas também em sua resolução de proteger aqueles que ela amava e o mundo humano contra as ameaças dos demônios.

Com o tempo, Misaki Fujimoto encontraria uma maneira de lidar com a perda de Rengoku e o iminente afastamento de Uzui. Ela aprenderia a se apoiar nas lições que eles haviam ensinado e na memória de suas habilidades e sacrifícios. Assim, ela se prepararia para os desafios que ainda viriam, determinada a manter a chama da esperança e da justiça acesa, como uma verdadeira hashira da nova geração.

Com o impacto da morte de Rengoku e a decisão de aposentadoria de Uzui,  Fujimoto se viu transformada de maneira profunda e perceptível. O brilho descontraído em seu semblante de antes deu lugar a uma aura mais sombria e séria. Ela abandonou suas roupas extravagantes, optando por vestimentas que inspirassem respeito e até mesmo um certo temor nas pessoas ao seu redor. Seu olhar, antes cheio de vivacidade, tornou-se mais introspectivo e determinado.

Misaki mergulhou ainda mais profundamente em seu treinamento, canalizando sua dor e frustração em cada golpe e técnica. Ela se tornou uma presença imponente dentro da sede da Ordem dos Caçadores de Demônios, um lembrete constante de que o trabalho árduo e a determinação eram essenciais para enfrentar as adversidades.

Enquanto isso, Mitsuri Kanroji, a habitualmente alegre e vibrante Hashira do Amor, retirou-se para o seu quarto, lutando para lidar com a perda de Rengoku e as mudanças drásticas que afetaram a equipe. Sua ausência era sentida por todos, mas Misaki em particular sentia uma conexão especial com Mitsuri, cuja gentileza e otimismo haviam sido um contraponto necessário em tempos turbulentos.

Giyu Tomioka, o reservado Hashira da Água, também estava ausente há mais de três meses, envolvido em uma missão secreta que levantava preocupações entre seus colegas hashira. Sua ausência deixou um vazio adicional na equipe, privando Misaki de um amigo companheiro

Enquanto isso, Obanai Iguro e Sanemi Shinazugawa discutiam preocupados sobre o estado de Mitsuri.  O Hashira das Serpentes, normalmente reservado e observadoro, expressava sua inquietação pela falta de resposta de Mitsuri aos esforços de apoio da equipe. Ambos compartilhavam a preocupação pelo bem-estar emocional de Mitsuri e discutiam sobre como poderiam ajudá-la a superar esse período difícil.

Misaki, por sua vez, dedicava-se mais do que nunca ao treinamento e à preparação para o futuro incerto que se apresentava. Ela sabia que o papel dos hashira não era apenas lutar contra os demônios, mas também apoiar uns aos outros nos momentos de crise. Enquanto o luto pela perda de Rengoku e a iminente aposentadoria de Uzui continuavam a pesar sobre ela, Misaki encontrava forças na determinação de honrar os ensinamentos de seus colegas caídos e seguir adiante, pronta para qualquer desafio que o destino reservasse.

Entre Corações e DemôniosWhere stories live. Discover now