Um paciente amigo

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Colin olhou para a loira demonstrando por fim sua preocupação, Penelope estava apoiada no lavatório, suas mãos seguravam o apoio com firmeza e sua cabeça estava abaixada, aquilo não era um bom sinal.

– Penelope você está bem? – Perguntou a tocando nas costas.

– Estou... – Ela respirou fundo e o olhou – Monique é irmã de uma grande amiga, uma amiga que passou a vida toda procurando por ela e... – Sua voz estava tremula – Céus, como alguém pode agir assim – Ela o olhava – Como?

– Ela vai sobreviver nós fizemos um bom trabalho...

– Como ela vai superar algo assim, Colin? Como ela vai encontrar uma razão para viver depois disso?

– Ela encontrará, você precisa se recompor agora – O doutor a olhava nos olhos, buscava alguma afirmação de que aquela mulher a sua frente também ficaria bem.

A loira assentiu e se afastou, caminhando até a porta – Tenho que salvar aquele bebê, nós nos vemos mais tarde – Ela tentou sorrir antes de atravessar a porta.

Penelope seguiu pelo corredor, era como se a loira estivesse levemente tonta, tentando buscar o ar, ela se encostou em uma parede no corredor, ao passar pela porta da escada a loira subiu cada degrau correndo o mais rápido que podia, até chegar à área neonatal. Assim que entrou na sala, encontrou as três internas, Tess e Morgan estavam cuidando do bebê prematuro, enquanto Lea estava encostada na parede.

– O que você está fazendo parada aí? – A loira encarou sua residente.

– Ela quase quebrou a traqueia do bebê – Tess disse sem olhar para a doutora.

Penelope olhou para a ruiva e então se aproximou das outras duas residentes.

– Deixem comigo – Disse olhando para a morena – Ele tem 24 semanas, nós faremos o possível para que ele tenha uma chance de sobreviver – Aproximou o estetoscópio do pequeno e frágil abdômen.

Em menos de uma hora a doutora loira deixava a sala, sendo seguida por suas residentes.

– Você ficará de olho nesse garotinho, o que aconteceu naquela sala não deve se repetir, você não pode simplesmente paralisar Adams, está me ouvindo? – Penelope encarou Lea.

A residente assentiu.

– Se o estado dele tiver qualquer alteração me chame, se houver qualquer sinal de que ele não irá resistir me chame, está me entendendo? – A doutora continuou.

Lea concordou.

– Vocês duas, fizeram um bom trabalho, mas da próxima vez espero que deem apoio para a colega de vocês, ela não é uma concorrente, não existe disputa entre residentes então vocês três devem ser unidas, o que houve dentro daquela sala poderia ter resultado em um bebê prematuro sofrendo por erro médico de três pessoas que deveriam estar ali para ajudar! – Penelope as encarava – Vocês vão monitorar a mãe, quero que me atualizem a cada meia hora, agora vão!

As três residentes seguiram em passos apressados pelo corredor, enquanto a loira as encarou se afastar, até poder passar pela porta das escadas e se sentar em um dos degraus. Ao pegar seu celular em seu bolso e encarar a tela, os olhos dela marearam ao ver a foto de tela, uma foto dela e de sua amiga.

– Prometo que vou fazer o possível para ajudar ela, Melissa, eu prometo – Penelope apertou o celular nas mãos e abaixou a cabeça respirando fundo e deixando as lágrimas banharem seu rosto.

Enquanto isso, andares abaixo Colin estava no balcão dos enfermeiros, lendo um prontuário.

– Doutor, o senhor tem um paciente – O residente se aproximou.

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