You're Still The One

De volta a Londres!

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2017

Eventos como a palestra de Londres, foram muitas das causas pelas quais Penelope ficou reconhecida, dentro da sua área de atuação ela se tornou referência mesmo antes de ter o seu CRM autorizado, em Cambridge a loira era a gineco-pediatra e fetal mais requisitada e bem paga, ela atuava em apenas um hospital oficialmente, mesmo que sua rotina fosse maçante, era sempre intercalada com seus projetos, como a ong de apoio a mulher, a clínica que ela prestava trabalhos pró-Bono.

Não estava nos planos qualquer mudança relevante, já que fazia anos que ela procurou adequar sua rotina, sua vida a causa que mais acreditava ser certa, quando apenas uma ligação mudou o rumo de tudo.

– Agatha isso é uma proposta muito tentadora – Ela sorria durante a ligação – Mas não sei se será bom para mim, mudar toda minha vida para retornar a Londres, tenho meus pacientes, a clínica e...

– Você terá tudo isso aqui Penelope, já lhe disse uma vez e volto a repetir – A senhora a encarava com atenção – O seu lugar é aqui no Memorial Dunbury e não digo isso por toda sua fama! Afirmo isso pois eu lhe conheci no começo, a vi nos corredores deste hospital e sei que você mudará vidas se decidir isso!

– Agatha... – A loira estava pensativa – Me dê um mês para preparar tudo, me garante que terei plena permissão?

– Querida, você será a chefe da gineco-pediatria e fetal, terá toda permissão para o que quiser...

– Bom, então creio que está seja uma proposta irrecusável – Tinha um largo sorriso – Sabe no que está se metendo, não sabe? O Memorial será um dos hospitais mais procurados, tenho pacientes que percorrem o mundo para me encontrar, e além do mais, se achar necessário eu costumo atender gratuitamente, o importante é...

– Salvar e mudar vidas, é foi o que eu te ensinei, sei bem mais do que muitos que passaram por aqui! – A senhora retribuiu o sorriso.

Com muita reluta da parte da diretoria do St. Mary, que contrapôs diversas vezes as propostas do Hospital Memorial, sem sucesso, pois dentro de um mês, como havia sido combinado, a Doutora Penelope Featherington, deixou a cidade de Cambridge, depois nove anos morando e aprendendo muito com todo seu processo, ela teria se formado no mesmo hospital que escolheu estar, teria se tornado uma referência médica, ética e moral.

No dia em que Penelope regressou a Londres, o céu era o mais limpo, um azul indescritível e ela teria passado boa parte da viagem observando a janela do carro.  Logo atrás de si, estava um grande caminhão de mudança, ela não costumava ser do tipo de pessoa que gostava de aviões e para falar a verdade, a loira sempre evitava o máximo que conseguia entrar em um.

Ela não tinha medo de altura, pelo contrário, adorava pular em queda livre e praticar esportes que lhe traziam adrenalina, a sensação de se sentir viva. Penelope apenas não gostava de se sentir presa, de estar dentro de uma lata que pode acabar por acidente acabando com o que ela mais aprecia, a vida.

Exatamente por isso, a loira escolheu uma casa em uma rua bem localizada, ao invés de um apartamento em dos bairros mais populares de Londres. No entanto, ter uma casa cheia de caixas de mudança não era o ambiente mais estimulante, e Penelope certamente se arrependeu por horas até conseguir organizar tudo em seu lugar, ela levou um dia inteiro ter uma sala de estar apresentável, uma cozinha que realmente parecesse uma cozinha e um escritório que fosse aconchegante a sua forma, quando a loira entrou em seu quarto e viu a barreira de caixas que a esperava a parede da esquerda, um onda de cansaço a tomou, a fazendo se deitar em sua cama não posta – O que ela detestava, deixar em um colchão sem lençóis – sem demora ela se levantou contra sua vontade e resmungando pragas as céus por sua escolha recente.