Uma ótima chefe

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(Imagem ilustrativa)

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2009

Fazia seis meses que Penelope teria se mudado de Londres para Cambridge, era seu segundo ano de residência e a loira ainda tentava se acostumar, ela era praticamente uma menina, era quieta e atenta, andava pelos corredores do hospital sozinha com seus prontuários, com suas anotações.

– Ei, você – Um homem de olhos pequenos, cabelos esbranquiçados a chamou – Vá para a emergência, nós receberemos muitos pacientes, houve um acidente com um ônibus – Entregou um pager a ela.

A loira não teve tempo para pensar, apenas pegou o pager e correu... Quando chegou nas portas da emergência, pode contar os poucos segundos e escutar o som das ambulâncias, eram cinco grandes carros estacionando, os paramédicos apressados, passando os casos – Quando olhou para o final da entrada, chegava uma ambulância em silêncio – muitos feridos, a sala de emergência ficaria um caos – Se uma ambulância vinha em silêncio, significava duas coisas, ou era um óbito de civil ou era um óbito em potencial, o que poderia significar um paramédico ou bombeiro – Ao aguardar a ambulância parar, a jovem loira pode ver o olhar do paramédico que desceu para abrir a porta.

– Quem é? – Ela perguntou olhando para o paramédico conhecido.

– Melissa – O homem respondeu rouco.

Penelope era uma pessoa mentalmente preparada para aquela situação, era uma das melhores residentes, assim como tinha sido a melhor interna de sua turma, mas escutar o nome de uma amiga ser dito diante daquela situação, fazia ela se lembrar de que era humana e que a dor não fugiria de atingi-la.

Quando as portas da ambulância foram abertas, o paramédico dentro dela estava cabisbaixo, aparentemente em choque.

A loira não teve reação alguma, a não ser sentir os olhos encherem de lágrimas, enquanto os paramédicos desciam a maca, levando o corpo para o necrotério.

O choque de Penelope, foi praticamente cortado, ao ouvir um outro residente ainda ali, a chamando.

– Houve um empalamento, é um menino, ele quase perdeu o braço e seu ombro parece ruim...

– Onde ele está? – Ela perguntou tentando se concentrar.

– Sala 3 da emergência... a Cowper está lá – Avisou.

Penelope o olhou como quem diz – É sério que está me falando para trabalhar com ela? – quando o rapaz deu de ombros com um olhar divertido, a loira revirou os olhos e se apressou.

Em questão de dez minutos, Penelope havia conseguido controlar a situação dentro da sala, mesmo com a insistente tentativa de sabotagem da segunda residente naquela sala, Cressida Cowper, era alta, loira e irritante, uma jovem de postura arrogante, que tentava se sobressair em situações mesmo sem ao menos saber como entubar um paciente corretamente.

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