Hwang Hyunjin é um artista moderno renomado, rejeitado por vários críticos de arte. Então uma tragédia o atinge: a morte arromba sua porta e leva embora seu irmão. Desesperado por justiça, Hyunjin recorre ao detetive mais famoso de Seongnae-Dong, Le...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma vez alguém disse: "A arte existe porque a vida não basta." Hwang Hyunjin levava esta frase carregada com si. Ninguém sabia ao certo descrever o que era a verdadeira arte e nem o porquê o jovem de cabelos compridos era tão interessado assim. Na verdade, nem ele mesmo entendia o motivo, ele só se apaixonou por preencher um buraco que nem sabia que existia. A arte para Hyunjin é uma forma de expressão que transmite emoções, ideias, percepções e sensações. Para ele é na tela em branco que se encontra a liberdade de ser e estar. Cada pincelada era um grito de emoção, uma confissão íntima que só os olhos atentos podem decifrar.
Hyunjin sempre foi muito bom com as palavras, mas pensava que aquilo não era suficiente. A melhor forma de demonstrar o que sente não era falando, e sim, com atos. Era isso que pensava. Quando brigava com sua mãe na época que seus pais estavam juntos, o pequeno garoto com síndrome de artista ao invés de pedir desculpas como uma criança qualquer ou simplesmente não pedir, ele desenhava sua mãe e ele juntos e lançava o desenho pela fresta da porta do quarto da mesma. Era cômico de certa forma mas sempre dava certo. Até hoje ele guarda um desses desenhos, porque foi quando tudo começou.
Hoje, com 24 anos, Hwang conseguiu o reconhecimento que queria, após muito ralar, é claro. No começo foi muito difícil. Quando seus pais se separam, a guarda ficou com seu pai que tinha mais condições financeiras. Foi um verdadeiro inferno viver se sentindo reprimido o tempo todo. A arte era algo proibido. Segundo seu pai, qualquer forma dela. Especialmente os desenhos. Segundo seu pai: "A arte não preenche células, não gera lucro e só atrapalha a fórmula do sucesso." Mas é como dizem né, filhos de pais conservadores geralmente são os mais rebeldes. Com Hyunjin não foi diferente. Aos 17 foi morar com seu amigo Han Jisung e seguiu seu próprio caminho longe da energia negativa que seu pai acumulava. Mas diferente dele, seu meio-irmão não conseguiu escapar das afiadas garras empresariais. Yang Jeongin herdaria o grupo Flamboyant e não poderia pensar em coisas do tipo, algum dos dois deveria orgulhá-lo.
Apesar dos desacertos, Jeongin tinha um afeto em especial pelo seu meio-irmão e sempre o visita na casa de Jisung para dá-lo algum incentivo e ver como as coisas estão. Ele não era tão sem coração como seu pai afinal. Bem, hoje foi um desses dias. Hyunjin estava trancafiado em seu quarto trabalhando em mais uma obra quando escutou batidas na porta.
— Hannieee, ele chegooou, pode abrir a porta pra' mim? Só vou lavar esse pincel aquiii. — O artista chamou de longe seu amigo enquanto arrastava um dos cinco pincéis que segurava em apenas uma mão no fundo de um pote transparente cheio de água.
— JÁ VAAAAAI!!!! — Lá vai ele. O jovem Jisung levantava do sofá carmesim arregalando os olhos e escorregando pela casa toda com suas meias pretas estampadas com desenhos de pequenos cheesecakes de morango. Bastante desengonçado sendo sincera.
Após tropeçar em direção a sala de jantar que ficava a sua esquerda e deslizar até a cozinha. Jisung finalmente alcançou a porta.
— 'Eai Jeongas, 'tá suave? Bom em te ver de novo. — O amigo disse entusiasmado sorrindo largo ao abrir a porta, deixando suas bochechas mais salientes que o normal.
