Hwang Hyunjin é um artista moderno renomado, rejeitado por vários críticos de arte. Então uma tragédia o atinge: a morte arromba sua porta e leva embora seu irmão. Desesperado por justiça, Hyunjin recorre ao detetive mais famoso de Seongnae-Dong, Le...
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Eu gosto de dizer que as memórias vêm como ondas em um dia de vendaval, e hoje Han Jisung estava se afogando.
Enquanto Hyunjin parecia ter encontrado uma forma de seguir em frente, Han ainda estava preso na dor da perda. Para ele, a dor era uma presença constante, silenciosa, mas insuportável. Sua alma sempre foi intensa, selvagem
como o mar em tempestade. Agora, porém, parecia naufragar a cada pensamento em Jeongin.
O nó em seu estômago apertava todas as vezes que se lembrava do meio-irmão de Hyunjin. Cada risada, cada conversa profunda, cada momento compartilhado...tudo se transformava em lâminas afiadas, perfurando suagarganta.
A morte, afinal, era imprevisível. No final, a humanidade era uma causa perdida, não por ser frágil, mas pela certeza de seu fim: que vamos todos morrer. No entanto, até lá, a vida era um desafio contínuo, uma aventura sem garantias, talvez até um castigo divino. Han sempre acreditou que a vida era cheia de algo maravilhoso, algo que ele costumava chamar de "felicidade".
Alegria é sinônimo de euforia, algo momentâneo, já a felicidade era algo duradouro, não era só um momento.
"A alegria só aparece quando a gente se distrai", Han pensava.
Já a felicidade nunca vinha em momentos excitantes. Han já teve muitos momentos excitantes.
Já pulou de paraquedas, ficou com cinco em uma única festa, já experimentou 14 tipos de bebidas alcoólicas de uma vez, já tentou aprender a andar de patins com 20 e já desafiou seu anjo da guarda muitas vezes. E, ainda assim, a felicidade real não estava lá.
A felicidade, para Han, era encontrada em coisas menores. No lembrar. No instante que lembrava de como foi a sensação de atingir mil ouvintes mensais no Spotify. Lembrar das brigas bobas dos pais sobre qual cor de blusa comprar para seu aniversário. Lembrar do momento exato em que se viu apaixonado por Hyunjin. E, acima de tudo, lembrar das conversas profundas que já teve com Jeongin. Isso era a verdadeira felicidade.
"Han. Acorda."
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