Hwang Hyunjin é um artista moderno renomado, rejeitado por vários críticos de arte. Então uma tragédia o atinge: a morte arromba sua porta e leva embora seu irmão. Desesperado por justiça, Hyunjin recorre ao detetive mais famoso de Seongnae-Dong, Le...
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Hyunjin's pov.
Após aquela ligação eu refleti bastante. Eu tinha um enterro para ir. O enterro do meu irmão. Metade de mim não acreditava que eu nunca mais ouviria suas reclamações e seu sarcasmo. Ele nunca mais iria ver minhas obras, nunca mais iria elogiar meus traços. Nunca mais iria passar a noite em casa brigando com Jisung por tocar piano de madrugada. Ele nunca mais voltaria.
Eu entrei em meu quarto e me despi à luz da lua que entrava pela janela. Sim eu não tomei banho, e não tomaria. Estava apático demais.
Enquanto procurava por roupas pretas adequadas, eu pensava se aquilo não tinha sido minha culpa. Eu nunca tentei entender Jeongin. Já estava acostumado demais com seu jeito. Talvez ele me odiasse secretamente. Sendo sincero até eu se fosse ele me odiaria.
Eu sei que minha vida não é perfeita, bem longe disso na verdade, mas se ela fosse um pouquinho menos do que era, será que a gente se entenderia melhor? Ele iria aceitar dormir em casa aquele dia? O acidente teria acontecido se eu estivesse com ele? Protegendo ele?
Eu me sentia egoísta e sujo. Um mal agradecido por todas as coisas boas que Jeongin já me proporcionou. Eu não merecia nada daquilo. E a inauguração? Ah a inauguração. Eu me esqueci completamente da inauguração. Porque ele fez aquilo? Não era algum tipo de zoação?
Enquanto as perguntas costumeiras tiravam a minha paz, o pensamento de impotência foi interrompido por batidas na porta.
ㅡ Hyun... Eu já chamei o carro pelo aplicativo, você já está pronto? ㅡ Jisung perguntou por trás da porta. Ele poderia simplesmente ter entrado no quarto, afinal, já vimos tudo um do outro mesmo. Apesar disso o respeito ainda existia, ainda mais naquele momento.
ㅡ Já sim. Já vou. ㅡ Eu usava uma camiseta de gola alta e um sobretudo. Minhas calças eram de alfaiataria e meus sapatos eram sociais. Tudo preto.
Embora minha roupa estivesse combinando sem que eu prestasse muita atenção, meus cabelos estavam armados e cheios de frizz. Eu só peguei uma xuxinha e amarrei meus longos cabelos para trás, deixando sobrar um pouco.
Então, caminhei até o encontro de jisung que usava terno.
ㅡ Nossa. Você comprou um terno? ㅡ perguntei surpreso. Não era nada comum aquele tipo de roupa no armário de Jisung.
ㅡ Foi ele que me deu. Um presente quando eu tive minha primeira conferência sobre meu álbum. ㅡ Ele olhava para o terno e seus olhos se encheram de lágrimas novamente.
De repente ele limpava as lágrimas tentando se recompor. ㅡ Vamos indo?
ㅡ Claro ㅡ acariciei seus cabelos.
Estávamos quase fora de casa, Han estava mexendo no molho de chaves, até que inconscientemente eu reparei no pequeno vaso de plantas que ficava na bancada da cozinha. Tinha girassóis nele. Claro que tinha, eu amava girassóis, mas infelizmente eu não conseguia ter girassóis de verdade. Aqueles eram falsos. Jisung tinha muita alergia a girassóis.
