Capítulo 11

5 3 0
                                    


Daryl estava sentado no telhado da prisão, observando o horizonte. A brisa da noite era fria, mas ele não se importava. Precisava de um momento para pensar, longe das tensões e complicações que surgiram recentemente.

Ele fechou os olhos, deixando a mente vagar para os últimos dias. Lívia estava agindo de forma estranha, e ele não conseguia entender completamente o porquê. Toda vez que ele passava tempo com Beth, sentia os olhos de Lívia o analisando, julgando. Isso tornava cada interação mais difícil, como se estivesse pisando em ovos.

Beth era fácil de lidar. Com ela, não havia a pressão constante de expectativas ou emoções não ditas. Eles riam, trabalhavam juntos e se entendiam sem complicações. Com Lívia, tudo era intenso, cheio de sentimentos confusos que ele não sabia como lidar.

Daryl balançou a cabeça, frustrado. Ele sabia que Beth via isso também. Ela não dizia nada, mas era perceptível. "Por que isso tá acontecendo?" ele murmurou para si mesmo. "Não faz sentido."

Ele lembrou-se de um momento recente. Beth e ele estavam no pátio, organizando suprimentos, e Lívia apareceu. Ele sentiu o sorriso sumir do rosto instantaneamente, como se uma sombra tivesse se abatido sobre ele. Não era que ele não gostasse de Lívia; era que a presença dela o deixava tenso, nervoso. Com Beth, ele podia relaxar, mas com Lívia, tudo parecia uma batalha constante.

O ciúme de Lívia era palpável, e Daryl não sabia como lidar com isso. "Será que ela não vê que tô tentando?" ele se perguntou, sentindo uma mistura de frustração e tristeza. Ele se importava com Lívia, mais do que queria admitir, mas cada vez que ela ficava ciumenta ou insegura, isso o afastava mais.

Ele se lembrou de Merle falando sobre isso, dizendo que era falta de interesse. Daryl não queria acreditar nisso. Ele sabia que havia algo especial entre ele e Lívia, mas não sabia como navegar por esses sentimentos complicados.

"O que eu faço?" ele sussurrou para a noite, sem esperar uma resposta. A sensação de ser analisado, julgado, e a constante tensão o estavam desgastando. Talvez ele estivesse passando mais tempo com Beth porque era mais fácil, mas isso não significava que ele não se importava com Lívia. Era apenas... complicado.

Ele sabia que precisava resolver isso. Não podia continuar evitando, mas a ideia de confrontar essas emoções o assustava. "Merle tá errado," ele disse a si mesmo, tentando acreditar nisso. "Mas como eu faço ela ver isso?"

Daryl suspirou, levantando-se lentamente. Ele sabia que precisava falar com Lívia, de alguma forma esclarecer as coisas. Mas por agora, ele precisava de mais tempo para entender seus próprios sentimentos antes de tentar explicar para ela. A noite ainda era longa, e ele tinha muito em que pensar.

...

Já fazia dois dias que ela não dormia com Daryl.

Ficar sozinha naqueles corredores estava sendo melhor do que ficar ao lado daquelas pessoas, tinha parado de novo de conversa com Glenn ou Meggie, Livia não conseguia olhar para Beth sem querer chorar, ela é tudo que Livia nunca será e isso a quebrava um pouco.

Poderia dizer que o único que a acha no meio do caos era Merle. Merle vinha nos corredores conhecidos onde Livia pintava, seus cavalos pareciam cada vez mais reais no meio de tanta tristeza, pintando sua antiga égua a pudim, o presente de seu pai.

Merle contava também sobre o que acontecia fora de seus corredores, dizendo quem dormia ou não com ele a fazendo rir do homem, Livia achava que tirando o lado grosso do homem Merle se daria bem com carol, os dois pareciam se dar bem quando não estavam brigando.

"que nem você e ele?" a loba resmungo de leve a fazendo para de pintar, é desde aquela vergonha gigantesca, Livia nunca mais tentou nada, ela era a líder de torcida que não chorava por homem e num apocalipse zumbi porque ela faria isso?

A voz do meu silencioOnde histórias criam vida. Descubra agora