Prólogo.

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"Se me falassem antes que Sae Itoshi é uma pessoa gentil, eu com certeza teria ligado pro manicômio para que fossem buscar essa pessoa."















O céu está nublado sem nenhum pássaro sobrevoando os ares, com árvores esverdeadas que oscilam ao meu redor graças a pequena brisa, e na minha frente, está o grande edifício azul que é denominado de Blue Lock.

Após terminar a faculdade na Europa, quis vir ao Japão pelo fato de achar a cultura interessante. Nada mais icônico e nem especial, apenas interesse próprio e pessoal de minha parte. Entretanto, meu irmão mais velho não pode evitar de se decepcionar levemente com o fato de que estou deixando a Europa para ir a um país que possui um péssimo futebol.

"Noel Noa" o melhor centroavante atualmente, que já ganhou a Bola de Ouro, venceu a Copa do Mundo em 2018 e já ganhou o prêmio de Jogador do Ano.

Para os íntimos, meu irmão mais velho.

Olho em volta e mais uma vez aquela estrutura de cadeado enquanto sinto o vento bagunçar meus fios e os coloco atrás da orelha, com um rapaz extremamente magro e moreno saindo do local acompanhado por uma moça com cabelos castanhos, que esticou a mão para um cumprimento.

— Você deve ser [Nome] Noa, certo?

— Sim. — Direciono meu olhar ao rapaz moreno, que me observa sem muita emoção. — E vocês devem ser os donos do projeto Blue Lock?

A garota sorri. —, Isso, sou Anri Teieri. Este é Jinpachi Ego, o responsável escolhido para transformar os jovens centroavante.

Encaro-o abertamente, como um rapaz assim vai levar o Japão a vitória mundial?

Anri sorriu e juntou as mãos. — Então Noa-san, acredito que queira saber porquê foi chamada aqui?

— Sim, por favor.

Jinpachi apoiou a mão no pescoço e se virou.

— Anri, pra esse tipo de pessoa não explicamos e sim mostramos.

Admito que agora essa foi uma frase bem surpreendente pra alguém que não parecia ter um pingo de senso.

Quando cheguei ao Japão na noite retrasada, fui recebida por alguns repórteres de sites de fofoca que estavam famintos por alguma notícia sobre Noel, felizmente, não sou o tipo de pessoa que vaza coisas tão facilmente.

Mas pra minha surpresa, um deles vazou sobre o Blue Lock e não posso negar que despertou um interesse em mim, até porque quem não acharia aliciador observar um bando de adolescente em um só lugar buscando ser o melhor centroavante do mundo?

Por isso, na noite anterior acabei enviando uma proposta para observar o local, eles aceitaram com algumas condições e cá estou.

Paramos em frente a uma sala principal e Ego abriu a porta, revelando inúmeros computadores que estão ligados a câmeras, assim, da pra vigiar os jogadores.

Ego se sentou na cadeira que estava no centro de todos os computadores, provavelmente é lá onde controlam, assistem as jogadas e se comunicam com os jogadores. Teieri-san e eu ficamos ao lado, com ela me explicando sobre os equipamentos enquanto observava o mesmo e os centroavantes pelas câmeras.

Dreamers, Itoshi Sae.Onde histórias criam vida. Descubra agora