Kombucha-san.

208 17 1
                                    








— Ei, [Nome]-chan. — Ego chamou minha atenção enquanto eu arrumava roupas e alguns dos equipamentos.

Olho para ele, esperando-o continuar. Anri tinha saído a pouco para participar de algumas entrevistas e ir à reunião da União Japonesa de Futebol.

— Estou com fome.

Meu cenho franze e jogo de uma vez as roupas dele na lavadeira. — Não sou sua empregada.

— Eh. — Ego grunhe —, No contrato diz que você é minha auxiliar e precisa me ajudar, não preciso de suporte com o futebol então ajude com outras coisas.

Resmungo. — ...Me arrependo firmemente de ter assinado aquele contrato.

Disse com um tom baixo de resmungo e saio da sala, Ego ficou deitado no sofá cama terminando de fazer algumas coisas no computador. Ele me deu um pequeno papel de lembrete pedindo comidas instantâneas como ramen e yakisoba.

— Sério, que problemático... —, Abri a porta da loja, entrando e indo em direção ao corredor de instantâneos.

Peguei uma cesta de compras e fui simplesmente colocando todo tipo de macarrão instantâneo que via.

— Vamos ver, esse aqui... aqui... aqui... aqui... —, Olhei para cima. — Não sei se aquele cara gosta de macarrão apimentado, mas vai assim mesm-

Enquanto ia pegando qualquer comida que via pela frente, acabei esbarrando em uma pessoa. — Ah! Desculpe, não te vi... — Me virei para ele enquanto terminava a frase, me inclinando um pouco.

Um rapaz, vestes simples e modernas que claramente são da Europa, provavelmente alto e... — Direciono meu olhar para a cesta dele, que está lotada de kombucha salgado e algas kombu. — Definitivamente, um viciado em chá kombucha.

— Sim, a culpa foi sua.

Que?

Levantei minha cabeça e franzi o cenho. — Perdão?

Ele franziu o cenho levemente, mas continuou com a expressão neutra. — A culpa foi sua. — Apontou ao redor —, estava aqui parado e você esbarrou em mim.

Haha. Esse cara tá testando minha paciência.

Suspirei e dei um sorriso, sentindo minha veia estralar. — É. Quem manda ficar parado no meio do nada, Kombucha-san?

Ele fez uma careta e olhou pra minha cesta. — Olha quem fala, Yakisoba.

Coloquei minhas mãos na cintura e levantei minha cabeça, para ficar da altura dele. Não sou tão baixa, mas devo admitir que esse cara deve ter mais de 1,70cm. Ridiculamente alto para os padrões japoneses e europeus. — Pra sua informação, estou sendo obrigada a fazer isso.

Ele fingiu surpresa. — Heh, não sabia que a escravidão existia em pleno século XXI.

— Que seja. — resmunguei e sai de perto dele, indo ao caixa pagar os mil e um yakisoba e ramen que havia comprado para Ego, sorte que Anri-chan havia me dado o cartão de crédito dela.

Olhei para cima e tremi meu lábios, fechando os olhos e levantando meu punho para cima.
Anri-chan, você faz todas as vontades do sr. Egoísmo apenas pra realizar seu sonho...!


Enquanto [Nome] fazia uma pose estranha no meio do caixa, os que estavam na loja repararam, inclusive o garoto que ela havia esbarrado antes.

Dreamers, Itoshi Sae.Onde histórias criam vida. Descubra agora