12

60 9 10
                                    

Esse capítulo é relativamente curto, mas eu estava muito ansiosa pra postar o próximo, então não me aguentei kkk

__________________________


Yoongi queria enfiar a cabeça no chão e nunca mais tirar. Tinha certeza que era visível o fato de que ele ficava vermelho só de olhar para Haewon pela manhã.

O que caralhos ele tinha na cabeça? Se masturbou pensando na babá de Sookie. Essa tinha, com certeza, sido a maior burrada que ele fez nos últimos dez anos. Isso tinha que se enquadrar em algum tipo de assédio, não é? Ele não podia correr o risco de continuar tendo esse tipo de pensamento. Haewon poderia processá-lo e assim ele perderia a única pessoa que ele tinha coragem de deixar chegar perto de Sook fora sua mãe e ele mesmo.

Vê-la com o seu moletom, saindo do seu carro e entrando na sua casa, fez com que uma parte profunda e maldosa de Yoongi pensasse coisas ainda piores do que a daquela noite.

O sábado se arrastou até o fim e o domingo estava lento, apesar da energia de Sook. Talvez fosse o efeito do seu cérebro, que estava constantemente voltando a pensar no cheiro tropical que ele sentia do nada quando pensava nela.

Sook estava quase dormindo vendo TV enquanto ele estava sentado ao lado da filha.

— Papai, eu tô entediada! — Sook exclamou, levantando-se. — Queria algodão doce.

Yoongi sorriu para a filha.

— Eu sei bem o jogo que você está jogando, Hyesook — avisou.

Sook deu de ombros, o sorriso escondido nas mãos. Yoongi assentiu.

— Mas dessa vez funcionou. Vem, vamos pro parque.

[...]

Pelo menos uma vez na semana Yoongi tentava levar sua filha ao parque para interagir com outras crianças. Ainda mais agora que ela não ia para a creche, era ainda mais necessário que ela visse crianças durante a semana.

Ele ficou rondando os brinquedos do parque, seguindo a filha para onde ela corria, nunca chegando perto demais para a atrapalhar mas não longe demais para que não pudesse correr caso algo acontecesse. Era assim que ele se sentia o tempo todo com Sook – tinha que estar alerta.

O momento em que ele estava com Haewon no seu sofá talvez fosse a primeira vez que ele baixou a guarda e por isso ele se sentiu daquela forma. Mas ele não podia deixar isso acontecer novamente. Teria que se afastar dela, tratar ela de uma forma totalmente profissional. Nada de caronas ou favores. Pelo bem de Sook.

Ele via o quão bem ela se dava com Haewon e se ele cedesse aos pensamentos estaria apenas piorando tudo – Haewon iria embora e ele e Sook ficariam sozinhos novamente. Agora que não tinha ela ou o vinho para enevoar seus pensamentos, tudo estava bem claro.

Sook estava na gangorra com uma outra criança quando ele olhou em volta. Sempre ficava alerta para que nenhum homem suspeito ficasse de olho na sua filha ou nas outras crianças. Ele suspeitava que se um dia tivesse que lidar com isso, perderia seu réu primário.

Foi quando ele viu.

Ele não sabia se estava vendo coisas, mas aquela com certeza era Haewon.

Ela estava longe e Yoongi só podia ter jogado pedra na cruz. Ela nunca ia parar de assombrá-lo. Sentiu um sentimento estranho e oco no estômago quando viu ela abraçar o homem que estava com ela. Ele jogou um pedaço de pão para os patos da lagoa e Haewon riu, dando um tapa pequeno no ombro dele, que fez mais uma palhaçada.

Ele desviou o olhar para os seus pés. Bom, merda.

Mais um motivo para ele nunca mais olhar para Haewon daquele jeito: ela estava comprometida. Taehyung poderia ser seu irmão, mas ela com certeza tinha um.

[...]

No caminho de volta, Yoongi agradeceu por ter o que fazer com as mãos ao dirigir. Sook estava quietinha no banco de trás enquanto comia um algodão doce da cor rosa.

— Papai, você anda muito calado — ela disse.

— É mesmo? — Yoongi disse, mudando a marcha e fazendo uma curva. Dirigir o relaxava.

— É.

— Bom, me perdoe — ele disse. — Só estou pensando muito, meu bem. Não é nada com você, eu prometo.

— Papai está pensando na tia Wonnie, então?

Ele prendeu a respiração. Não sabia o que ele ia responder para isso. Mentir para sua filha não era um bom sinal.

— Não.

— Hmmm, você demorou pra responder, hein — ela disse, sorrindo enquanto colocou mais um pedaço de algodão doce na boca. — A vovó disse uma vez que quem cala consente. Mas eu não sei o que ela quis dizer com isso.

— A sua avó — Yoongi começou — não sabe do que fala. A gente não diz essa frase, combinado?

— Estressadinho — Sookie murmurou.

Yoongi sorriu, balançando a cabeça. Enquanto entrava no estacionamento, Yoongi explicou:

— Quando a gente fala sobre "consentir", meu amor, significa dizer sim para algo. E tem que ser uma coisa falada, então se você não diz "sim", você não consentiu, entende?

Sook fez que sim.

— Tipo quando você pede licença pra me lavar?

— Sim. Exatamente assim, meu amor, muito bem.

Saindo do carro, Sook ofereceu algodão doce para ele e pegou sua mão.

— Quer?

Ele riu. Quando Sook oferecia sua própria comida, significava que não queria mais. Fora isso, ela era totalmente territorialista quando se tratava de dividir comida – não poderia parecer mais com ele mesmo se fosse sua filha de sangue.

— Claro, meu bem. Quero sim.

euphony. [#1 bulletproof universe] | min yoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora