Ao chegar no apartamento, todos estavam encharcados apenas da viagem do salão para o carro alguns minutos atrás. Por sorte, o prédio tinha estacionamento, então não precisaram encarar a chuva nessa parte.
Sook tossia um pouco por conta do frio e Yoongi começou a se preocupar se ela ficaria resfriada. Virou-se para Haewon. Tentou não olhar para baixo dos ombros da mulher ou reparar no fato de que o vestido encharcado se ajustava ainda mais ao seu corpo, deixando pouco para a imaginação. Por conta da chuva, ele quase podia ver algumas silhuetas borradas em um dos seus braços – seria uma das tatuagens? Ela provavelmente as cobriu para a festa.
— Vou só colocar uma roupa quente nela e volto já, tudo bem?
— Certo.
Com isso, Yoongi seguiu até o quarto de Sook. Ela quase dormia em pé, fazendo Yoongi dar um sorriso com o quanto isso era adorável. Colocou um pijama quente na filha, secou seus cabelos com o secador apenas o suficiente para que ela não se sentisse mal durante a noite e checou se ela sentia febre, mas Sook parecia estar bem apesar do cansaço.
— Papai, eu quero dormir — choramingou.
— Tudo bem, vem aqui.
Yoongi sentou na poltrona e Sook deitou-se no seu colo como um bebê, enrolada na toalha que menos úmida do que as roupas do pai. Com a cabeça descansando no seu peito, Sook dormiu poucos minutos depois de Yoongi começar a cantarolar baixinho. Ele sentia tantas saudades de quando ela era um bebêzinho e dormia assim todos os dias.
A colocou na cama com cuidado para não acordá-la, retirando a toalha e cobrindo-a com o edredom, desligou a luz do abajur e voltou para a sala.
Haewon olhava pela varanda, na parte de dentro do apartamento. Yoongi se aproximou, sentindo-se ainda mais pesado com o cansaço e as roupas úmidas no corpo. A rua lá embaixo estava alagando – seria impossível passar com algum veículo agora.
— Eu acho melhor você dormir aqui — disse, analisando a situação. Com Sook dormindo e as ruas completamente alagadas, seria impossível sair do prédio nesta noite.
Haewon suspirou, como se também percebesse que não tinha escolha. Para a surpresa de Yoongi, ela não protestou.
— Com licença, preciso fazer uma ligação — ela buscou o celular na bolsa e ligou para alguém.
Yoongi se concentrou nas ruas abaixo, nos trovões e raios que ele conseguia ver da varanda. Era uma vista do céu muito bonita, se ao menos lá embaixo não estivesse um caos. A chuva ficava cada vez mais forte e ele começava a temer que a luz caísse.
— Alô, Taehyung? — Haewon disse. Yoongi tentou não ouvir, mas era impossível. Ela estava no mesmo cômodo. Ela tinha ligado para um homem. — Eu não vou conseguir ir para casa hoje... — pausa. O homem do outro lado estava falando. — Eu sei. Escuta, você consegue ficar sozinho? — Pausa. — Eu volto amanhã cedo, eu prometo... não, não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. Eu também amo você. Tchau.
E desligou. Eu também amo você. Yoongi quis se repreender por estar se perguntando se Haewon tinha namorado, mas era uma pergunta válida – ainda mais quando ele estava fazendo de tudo para não olhar para o decote do vestido e a pele úmida de Haewon. Ele sentiu um rubor vir ao rosto.
— Eu vou te emprestar uma roupa minha, tudo bem? Você pode dormir no quarto de hóspedes e a gente coloca seu vestido na secadora, amanhã ele já vai estar seco para você usar — Yoongi disse, na tentativa de mudar de assunto.
— Tudo bem — Haewon assentiu.
— Volto em um segundo.
Foi até o quarto buscar uma muda de roupas limpas – tentou pegar alguma roupa que não o servisse mais para que não ficasse tão grande em Haewon. Pegou um conjunto de moletom da cor preta, quente o suficiente para aquela noite. Voltou para a sala e entregou as roupas para Haewon.
VOCÊ ESTÁ LENDO
euphony. [#1 bulletproof universe] | min yoongi
RomansaYoongi é um pai solteiro que enfrenta os desafios de criar Sook, uma adorável menina que ele adotou ainda bebê após retornar do serviço militar. Como herdeiro da renomada empresa musical HYBE, Yoongi lida com a pressão de gerenciar os negócios enqua...