euphony. [#1 bulletproof universe] | min yoongi

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É uma loucura pensar que já estamos na segunda parte da fanfic, nos encaminhando pra reta final!

Por enquanto, não tenho nada a dizer sobre o que tenho preparado para depois rs.

Beijinhos da Ally!

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Quando abriu a porta para deixar Haewon entrar, Yoongi sentiu o sorriso se desfazer. A mulher carregava uma expressão pesada no rosto e ele teve certeza de que ela iria dizer para ele que estava tudo acabado, e ele já conseguia sentir o coração na garganta - ele só havia a tocado uma vez, mas ele queria fazer isso até... bom, não sabia exatamente. Não se via enjoando de Haewon nunca.

Ela deu bom dia para Sook, que agarrou suas pernas com um sorriso inocente, incapaz de ler o clima do ambiente. Então, se virou para Yoongi, séria.

- Preciso falar com você.

Ele assentiu, preparando seu cérebro para o que quer que viesse a seguir. Ligou a TV para Sook, que ficou feliz em ter o tempo de tela mais cedo do que normalmente tinha, já ficando totalmente alheia ao seu redor.

Yoongi e Haewon seguiram até a varanda, onde daria para olhar Sook mas ainda assim ter uma conversa privada - o trânsito faria com que fosse impossível a garotinha escutar qualquer palavra. Ele olhou para Haewon, que estava arrancando as peles ao redor das unhas com os dedos, claramente nervosa.

Incapaz de se conter, Yoongi pegou as mãos da mulher, a trazendo um pouco para perto, mas não o suficiente para que fosse invadir seu espaço pessoal. Haewon o olhou e parecia estar se contendo para não mostrar muitas emoções.

- Você lembra quando eu te disse que tive que sair de Gyeonggi, deixar coisas para trás? - ela perguntou. Ele fez que sim. Claro que lembrava. - O que eu precisava deixar para trás era meu ex-namorado.

Yoongi respirou fundo, tentando absorver a informação. Não entendia o motivo dela estar contando isso para ele - estaria terminando o que estava acontecendo entre eles? Ia voltar para Gyeonggi? Ele podia até pensar em lidar com o fato de jamais poder tocá-la de novo, mas não podia nem imaginar como ficaria sem ela totalmente.

- Ele era muito violento - ela desviou o olhar, como se não suportasse encará-lo. Ela parecia querer chorar e Yoongi quis protegê-la.

- Haewon, você não precisa...

- Preciso, sim - ela o interrompeu, firme. O seu queixo tremeu e ele sentia dor por ela. - Eu mudei de cidade assim que pude. Terminei tudo com ele, eu não aguentava mais passar por toda a situação de chantagem emocional, ficar com medo de ser traída todos os dias e lidar com uma pessoa instável. Eu nunca sabia se ele ia chegar na minha casa e estar bem ou fazer joguinhos - uma lágrima desceu pela bochecha de Haewon e Yoongi a secou, indo mais para perto da mulher. Estava totalmente atento.

Haewon o olhou.

- Meus pais morreram quando eu e Tae éramos mais jovens, e eu acabei virando a responsável legal por ser a única pessoa da família viva e, bom, ele já ia completar dezoito anos de qualquer forma. Então eu não tinha nada para olhar para trás. Tae viria morar comigo e tudo ficaria bem. Seoul é grande, eu não achei que ele conseguiria me achar - ela balançou a cabeça em negação. - Mas eu fui muito burra de achar isso.

Yoongi não teve que esperar que ela terminasse para entender o que estava acontecendo. Mas ainda assim, ele queria ouvir. Ele queria... porra, ele se sentia tão irritado com essa pessoa que nem conhecia.

- Há algumas semanas ele vem me mandando mensagens, me ameaçando e pedindo para me encontrar e me stalkeando. Eu venho apenas bloqueado os diversos números que ele consegue para me contatar. Fui até a polícia, mas o delegado foi um inútil - ela parecia irritada e tão triste.

- Por que não me disse nada? - perguntou.

- Ah, Yoongi... - ela riu, mesmo que fosse uma risada sem o menor humor. Ela estava irritada. Mas não sabia com o quê exatamente - com ela mesma, com a situação, com Yoongi, com seu ex-namorado. Talvez todas as opções. - Não tinha motivo para te contar. Você era só meu chefe. Eu não saio por aí contando coisas da minha vida pessoal para meus contratadores.

Ela tinha um ponto.

- De qualquer forma, eu encontrei o Jungkook na delegacia e ele está ajudando a fazer um boletim de ocorrência.

- Espera - Yoongi disse. - Você contou para o Jungkook. E não me contou? Haewon, mas estamos... nós já... - ele não conseguia nem formular uma frase, não sabia nem o que caralhos estava sentindo sobre isso. Ele sabia que se sentia irritado. Mas também não sabia com o quê.

- Yoongi - ela puxou suas mãos para longe das dele e ele automaticamente se arrependeu. Estava agindo como um idiota. Ela estava séria. - Isso não é sobre você.

O tom de voz dela era tão firme que Yoongi se sentiu como uma criança sendo repreendida por algum adulto. Ele ficou vermelho automaticamente - ela tinha razão.

- Você está certa - disse, arrependido. - Me desculpe.

Ele ergueu as mãos e tocou os ombros de Haewon, fazendo carícias. Felizmente, ela o deixou. Ele olhou para Sook, que estava distraída com o desenho que assistia.

- Me desculpe - repetiu.

Haewon assentiu.

- Você pode contar comigo agora, ok? - murmurou. Ela fungou e impediu que uma lágrima caísse com a própria mão. Yoongi queria espancar esse idiota. - Eu... - ele não sabia o que dizer. - Eu estou aqui para você. Cem por cento do tempo. Você sabe disso, não é?

Haewon pareceu um pouco surpresa quando ele disse isso, mas assentiu.

- Você precisa que eu falte ao trabalho hoje? Precisa de um dia de folga?

- Não! - Haewon o dispensou, como se ele tivesse dito algo absurdo. - Não, você deve ir. Estou segura aqui - ela garantiu.

- Tem certeza?

- Sim - Haewon disse, sorrindo fraco. - A Sook cura qualquer coisa.

Ele sorriu.

- Isso é verdade.

Olhou para a garotinha, distraída. Yoongi voltou sua atenção para Haewon e se inclinou, segurando seu rosto entre suas mãos, sentindo os fios de cabelo dela se enroscar nos seus dedos. Eles não tinham transado novamente desde aquele dia e Yoongi se sentia culpado de estar pensando nisso agora.

Ele a beijou, sentindo o corpo agradecer por matar a abstinência que ele sentia do cheiro dela, do seu toque. As ondas dançaram no seu cérebro e ele se sentia ficando totalmente alerta e arrepiado e...

Haewon se afastou, sorrindo.

- Isso não é muito discreto - fez um gesto para indicar Sook.

Ela estava certa. Yoongi sorriu.

- Sinto muito - disse. Ele não sabia se seria demais falar que sentia sua falta. Será que ele estava sentindo muito mais do que ela? Ele não sabia e torcia para não estar nisso sozinho enquanto ela já tinha seguido em frente do que tinha acontecido. Afinal, eles não namoravam. Né? - Eu só ando sentindo...

- Eu também - Haewon o interrompeu, como se precisasse falar isso mais do que ele. Seu olhar entregava que estava sendo sincera. Ele assentiu e suspirou.

- Vou trabalhar.

- Ok.

Um minuto sem se mexer depois, Yoongi entrou e se despediu da filha, indo para a empresa para tentar passar pelo menos cinco minutos sem pensar em Haewon.