Alinhamento Milenar

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💜 Essa carta é do Sirius pro Remus. 💜

*Eu amo o fato de q o moony é sempre muito cuidadoso nas correspondências q ele escreve pro six, sempre com muito medo de alguma informação vazar e eles se ferrarem. Enquanto o sirius tem zero cautela e escreve as maiores atrocidades nas dele KKKKKKKKK

e vai só piorar mais com o passar do tempo, conforme ele for ficando mais confiante.

Boa leitura <3

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31 de outubro de 1894

Querido Rouxinol,

Tô escrevendo pra saber como você está. E, também, porque tem algo que quero te contar. É bem bobo, mas quero contar mesmo assim.

Eu tava atoa, olhando pela janela de meu quarto a neblina macabra que tomou conta das ruas de nossa querida (e suja e fedida e feia) Londres.

Daí, percebi que esse é, de fato, o cenário perfeito para o dia de hoje.

A névoa cinza-escura, quase negra, que sai das chaminés assustadoras das fábricas e encobre o sol, deixando toda a cidade obscurecida em pleno meio-dia, dá o clima ideal para este adorável dia das bruxas!

Ah, mas foda-se o dia das bruxas! (perdoe o palavrão e não pare de me amar, eu vos suplico, minha lindeza)

Como eu ia dizendo: foda-se o dia das bruxas. O que me interessa mesmo é que, graças a esta abençoada data, os McKinnon darão um baile em sua residência, no qual tanto a minha quanto a vossa família estão convidadas. E este é o mais puro e verdadeiro motivo de minha felicidade, amor: irei te ver esta noite. Irei ver bem de pertinho estes teus olhos serenos como o Mar no verão e sábios como os séculos.

Irei passar o baile todo admirando a belezura de seus lábios adocicados feito torrões de açúcar e macios como as areias fofinhas que os exploradores dizem que existem nas praias da América do Sul.

Poderei observar as luzes douradas das velas nos lustres de cristal se derramando sobre teus cabelos e deixando-os com a formosura de um campo de Dentes de Leão ou de uma manhã tranquila de primavera, em que se vê a chuvinha fina batendo de leve contra o vidro da janela e molhando as flores com o carinho de uma mãe.

E quando eu me aproximar de ti e tocar sua pele lisa feito as penas de um bem-te-vi (que acho que também só existe na América do Sul), poderei ter a alegria de cheirar teu cheiro.

Terei o privilégio de inalar o perfume natural de lavanda e chocolate que você exala. E, daí, me sentirei completo. Em paz.

Gostaria que teu cheiro morasse pra sempre em meus pulmões, Rouxinol.

Tu és bonita feito um vilarejo árabe, que ouvi os exploradores contarem que são repletos de casinhas coloridas e frutas frescas em todas as mesas.

Tu és graciosa como alguma terra fictícia de contos de fada onde existem flores vermelhas e brancas nas janelas, redes pra balançar nas varandas, pães quentinhos nas mesas e tapetes de seda no chão.

E só agora, já no meio desta carta, depois de te fazer uma imensidão de declarações um tanto quanto sem sentido e desconexas da realidade, eu me lembrei que comecei a escrever isso aqui pra te contar algo que sequer mencionei ainda:

Essa noite sonhei com você, Rouxinol.

O sonho foi completamente doido e surtado. Nem adianta tentar achar sentido nele. Uma sequência de eventos nada a ver um com o outro. Todos costurados na minha cabeça tal qual uma colcha de retalhos. Como um Frankenstein.

Primeiro, você e eu estávamos na França.

Era 1789 e nós dois éramos os líderes da revolução.

A gente caminhava por uma longa avenida em algum lugar de Paris. O céu exibia tons de azul, rosa, amarelo e laranja.

Dimensão [Wolfstar]Onde histórias criam vida. Descubra agora