Quando a jornalista Mia Leblanc se apaixona pela estrela de hóquei Emma Blanchard. Mia, é uma jornalista que, por um golpe do destino, cruza o caminho de Emma, capitã de uma equipe de hóquei. Apesar da incerteza sobre se envolver com uma atleta fam...
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Este é o nosso terceiro jogo, nossa defesa tem sido impecável, mas nossa equipe rival também é muito boa. Eu olho para o relógio enquanto me preparo para o final da partida, ainda temos alguns minutos. Estamos empatadas agora e, se conseguirmos fazer mais um gol, estamos ganhando o jogo.
Duas de nossas rivais estão passando o disco para frente e para trás, procurando uma abertura. Estou tão focada naquele disco que não consigo pensar em mais nada. Sou rápida, estou focada, sou uma maldita lenda, como a mídia adora dizer. Nossa goleira pega o primeiro chute, mas elas tentam novamente e nossa goleira envia o disco até a parte de trás. Eu começo a patinar em direção a ele, pego com meu bastão e começo a ir para o outro lado da pista. Eu procuro uma brecha e vejo Helena, passo para ela, ela passa para Lucy e passa para mim novamente. A goleira não está protegendo o lado esquerdo o suficiente, então sem pensar, eu tiro. O disco voa entre os braços da goleira e atinge a parte de trás da rede.
A multidão explode com aplausos e gritos, vejo Helena e Lucy correndo até mim e me abraçam enquanto gritam. Ainda temos três minutos restantes, mas sabemos como levar nosso tempo quando estamos ganhando. Ouço muitos parabéns e sorrio dizendo obrigado. Nós nos preparamos para o face-off mais uma vez. Eu recebo o disco primeiro e estou segurando o tempo que puder até ouvir o apito do árbitro ecoar pelo ar, anunciando que o jogo parou e nós ganhamos.
Eu gostaria que Mia estivesse aqui, não pensaria duas vezes em ceder uma entrevista a ela, acredito que ela seja a única jornalista que consegue fazer isso comigo, não espero abrir brechas para outros repórteres, com ela é diferente.
Vejo alguns jornalistas tentando me alcançar para falar comigo, mas sigo reto. Dizemos olá aos nossos fãs enquanto vamos para o vestiário, vejo muitas pessoas usando meu número e não posso deixar de sorrir para elas. Vejo as famílias das minhas companheiras de equipe esperando por elas quando entramos e elas estão todas tão barulhentas que faz meus ouvidos tocarem.
—Reds esta noite?—Helena pergunta enquanto dá tapinhas no meu ombro com a mão. Eu balanço a cabeça enquanto tiro meu equipamento.
—Eu não posso ir. Eu tenho algo para fazer.—todas elas abrem bem os olhos.
—Você tem um encontro?!—Lucy sorri e me dá um tapinha no ombro.
—Não! Eu não tenho um encontro. Eu tenho algo. Eu só...Droga, eu não preciso me explicar.
—Ohhh, Emma tem um encontro.—elas cantam. Estou tentando tirar meu equipamento e estou olhando para baixo para tentar esconder minha cara vermelha.
—Cale a boca. Não é um encontro. Convidei Lili e sua mãe para jantar porque eu poderia ou não ter feito a Lili chorar.
—Você fez uma criança chorar?!—Eu ouço Helena. —Você nunca vai cuidar dos meus filhos.— Eu olho para o rosto dela e vejo todas elas me julgando.
