Quando a jornalista Mia Leblanc se apaixona pela estrela de hóquei Emma Blanchard. Mia, é uma jornalista que, por um golpe do destino, cruza o caminho de Emma, capitã de uma equipe de hóquei. Apesar da incerteza sobre se envolver com uma atleta fam...
não ia postar hoje, mas vai de presente de dia dos namorados (não é fácil ser solteira 😔😔)
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os Red Wings, time de Emma, estão com o controle do puck, e é ela que conduz o disco pelo gelo com maestria. Ela passa pela primeira defensora com um drible rápido, engana o segundo com um giro impressionante e avança direto ao gol adversário.
A torcida está em pé, incluindo eu e Rebecca, cada movimento de Emma é acompanhado por gritos de incentivo, sem querer acabo me deixando me levar pela situação e grito junto. Ela se aproxima da zona de ataque, Emma finta mais uma defensora, deixando ela para trás.
Agora ela está cara a cara com a goleira do time adversário. O estádio fica em silêncio por um instante, Emma levanta o stick, se prepara, e com um movimento preciso, dispara o puck em direção ao gol.
E o puck entra pra dentro do gol, Emma marca um ponto, faltando apenas 3 minutos para a partida termina, deixando o placar 1x0.
A torcida explode de euforia, bandeiras tremulam e os gritos ecoam pelo estádio. Emma é abraçada pelas suas companheiras de equipe.
Continuo de pé no meio da multidão, aplaudindo fervorosamente, o meu sorriso é nítido, reparo Emma procurando alguém na torcida, não acredito quando seus olhos vão de encontro ao meu, por um breve momento o tempo parece parar.
Emma sorri para mim, e eu sorrio de volta, meus olhos brilham com admiração, sinto um calor reconfortante invadir meu peito. Ela ergue a mão acenando discretamente para mim.
Puta merda será que isso é pra mim mesma, ou eu estou fazendo papel de besta?
O jogo volta ao normal, foi tanta euforia que eu não consigo mais prestar atenção na partida.
—Ei Mia, você viu isso? — Becs pergunta olhando pra mim com cara de incerteza.
—O que? —Respondo tentando disfarçar meu rosto corado, a euforia do momento ainda não passou.
—Não se faça de desentendida, a Emma, ela olhou diretamente pra você e ainda acenou.
—Ah Becs, ela só estava comemorando o gol, acho que ela nem me viu nessa multidão. — Solto uma risadinha sem graça.
—Ata claro, porque é super natural ela acenar especificamente na nossa direção, né?! — Ela fala em tom de brincadeira, e eu apenas balanço a cabeça, não respondendo sua piada.
—Você deveria falar com ela depois do jogo, uma conversa amigável, nada de entrevistas.
—Nãoo, você sabe como ela é inacessível, vai ter milhares de jornalistas tentando falar com ela. —Vejo Becs dando de ombros, não consigo me humilhar a esse ponto.
O apito soa, o estádio explode em comemoração, os Red Wings venceram, e Emma Blanchard é eleita a melhor jogadora da partida. As jogadoras se abraçam, comemoram a vitória apertada. Eu e Rebecca nos levantamos e vamos em direção a saída, sem entrevistas por hoje.
Os corredores estão lotados de fãs e repórteres, todos querem um pedaço da estrela da noite. Vejo Emma, ainda ofegante e suada, mas com um sorriso no rosto, ela está cercada por jornalistas e colegas de equipe.
Os olhos de Emma varrem a multidão, e por um instante, a gente mantém um contato visual, ela sorri e acena para mim, acho que realmente foi pra mim dessa vez.
Ela tenta sair dali, mas é puxada para uma entrevista, ela me olha com um olhar frustrado, desvio o contanto visual e arrasto Becs para a saída, ela percebe a tensão e sussurra no meu ouvido.
—Viu eu falei que ela queria falar com você. —Balanço a cabeça rindo para ela.
—Vamos embora, tô morta de cansaço, amanhã vai ser um dia longo. — Suspiro cansada, indo em direção ao meu carro. — Quer que eu te deixe em casa?
—Por favor, não quero gastar dinheiro com uber. —Entramos no carro, e logo dou partida.
—Você acha que o Smite vai me dar alguma bonificação amanhã? —Pergunto para Becs.
—Lógico amiga, você conseguiu uma entrevista com a jogadora mais requisitada do Canadá, não é todo dia que alguém consegue isso.
—Parando pra pensar por esse lado, realmente, acho que vai dar tudo certo, tomara que ele saia do meu pé um pouco agora.
—Acho difícil, Smite é perturbado da cabeça, nada nunca tá bom pra ele. — Becs balança a cabeça negativamente, realmente, Smite nunca fica contente com nada.
Logo chego na casa de Becs, ela não mora muito longe do estádio, e nem muito longe da minha casa. Becs se despede de mim com um abraço e eu dou partida no carro.
Não vejo a hora de dormir, vou deixar pra revisar a entrevista amanhã cedo, chego em casa, deixo o carro na garagem, assim que eu entro em casa, vejo Alice, a babá de Lili, sentada no sofá vendo algum filme.
—Hey Alice, desculpa por passar do horário, o trabalho foi longo hoje, mas relaxa, vou te pagar a mais. —Tiro meus saltos e caminho até a sua direção, que assim que me vê mostra um sorriso de cansaço.
—Tudo bem senhorita Leblanc, você sabe que nunca é um problema, Lili nunca me dá trabalho. — Ela diz enquanto se levanta, indo pegar suas coisas.
—Obrigado querida, mas eu insisto. —Pego o dinheiro da minha carteira e dou em suas mãos.
—Tudo bem, obrigado, quando precisar é só chamar. — Ela se despede de mim com um abraço, vou com ela até a porta, assim que ela se fecha, vou até o andar de cima.
Entro no quarto de Lili, que já está dormindo, ver isso me deixa com o coração aquecido, depois de anos, finalmente me sinto em paz, tenho uma filha maravilhosa, um emprego que eu lutei muito para ter, uma casa boa, achei que nunca ia conseguir isso. Me livrar do meu ex namorado, até então parecia ser algo impossível, a vida que eu tinha com ele era péssima, cheia de abusos, rezava todos os dias para conseguir me livrar dele, poder criar Lili longe de conflitos.
O pai dela nos fazia tão mal, é um trauma que eu não sei quando eu vou superar, mas tento lidar com isso todos os dias, pensar que agora estamos em paz, longe dele.
Vou até ele, silenciosamente para não acordar ela, me curvo e deposito um beijo em sua testa. Me levanto e saio do seu quarto, fechando a porta e vou em direção ao meu quarto.
Tiro as roupas e logo entro no chuveiro, lembro de tudo que aconteceu hoje e solto um sorriso com as memórias, conhecer Emma foi incrível, não sei porque, mas senti uma boa sensação perto dela. Assim que saio do banho me deito, amanhã vai ser um dia longo.