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Lili aprende rápido pra caralho

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Lili aprende rápido pra caralho. Lembra quando eu disse que ela estará pronta para patinar para trás em algumas semanas? Bem, não. Ela está pronta para patinar para trás agora. Ela nem pede ajuda, ela não diz a Elena que quer aprender, ela nem hesita em entrar em um círculo e começar a patinar para trás com cuidado, com as pernas e o rosto olhando para trás para não machucar nenhuma criança. Eu estou exatamente onde eu estava olhando para ela. Ela está fazendo isso. Ela está fazendo isso sem nenhuma porra de ajuda.

Já se passaram alguns dias desde que ouvi Lili chorando e Mia tentando consolá-la. Ela parece feliz toda vez que eles chegam aqui, com o pai ou sei lá quem seja. Mia olha para sua filha com tanto amor e orgulho que derrete meu coração.
Estou gostando um pouco demais disso. Adoro passar tempo com essas crianças, especialmente Lili. Adoro ensinar coisas novas a ela e responder às perguntas dela sobre hóquei. Mia se senta em um dos bancos e olha para a filha, às vezes fechamos os olhos e sorrimos um para o outro. Não conversamos muito e, se o fizermos, é sobre Lili ou alguma reportagem, mas eu também gosto de passar tempo com ela. Ela é bonita e é divertido estar com ela.

—Você está fazendo isso!—Eu grito com tanta felicidade na minha voz que me sinto envergonhada, mas Lili está rindo e seus olhos brilham de orgulho por si mesma.—Você é tão boa Lili, incrível!—Eu patino para ela e abro minha mão para ela me dem dar, o que ela faz, rindo e procurando por sua mãe que está observando-a com um sorriso tão bonito que dói.

—Eu vou ser a melhor jogadora de hóquei de todos os tempos.—ela diz com confiança.

—Eu não duvido, querida.—Eu sorrio para ela. Suas bochechas estão vermelhas do frio, seu cabelo ruivo está em um coque bagunçado, assim como o de sua mãe. Ela me dá a mão e eu balancei a cabeça em confusão, mas eu agosto.

Lili não gosta de toque físico, eu descobri isso. Ela só deixa a mãe abraçá-la ou beijá-la. Percebi que ela não é uma criança que confia facilmente e é por isso que fiquei confusa quando ela me ofereceu sua mão.
Ela patinou na minha frente e eu a segui tentando não acelerar. Ela patina em círculos me fazendo fazer isso com ela.
Ela me admira com seus grandes olhos azuis e diz.
—Você é uma pessoa legal, Emma. Eu gosto de ser sua amiga.—ela admite fazendo meu coração doer.

—Eu também gosto de ser sua amiga, Lili.

—Nós vamos ser ótimas amigas.—Eu sinto olhos em mim e olho para cima para encontrar dois pares de olhos azuis em mim. Mia está conversando com o cara loiro do outro dia, ele tem um telefone na mão e está apontando para nós.

—Ei, olha.—Eu digo para Lili.—Seu pai quer tirar uma foto sua.

Coisa errada a se dizer. De repente, ela congela, seus olhos se alargam e olha para mim com puro terror. O lábio inferior dela começa a tremer e eu não sei o que fazer. Eu não sei o que eu fiz.
Ela começa a balançar a cabeça e as lágrimas estão escorrendo pelo rosto.

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