"como vamos ser felizes se a nossa família se odeia?"
18+
conteúdo sexual, linguagens impróprias, masturbação, gatilho, conteúdo depressivo e mutilação.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Elsa Manobal.
naquela mesa redonda e chique apenas restava um silêncio constrangedor, posso notar os olhares de julgamentos na minha direção, algumas mulheres olhava para a minha roupa e posso escutar uma leve risada que saia das suas bocas, alguns homens me olhavam com desprezo, como se eu fosse alguma aberração, estava me sentindo horrível, me sentia um lixo e a única coisa que queria era ir embora dali, mas não posso fazer isso, pois estou ciente que minhas filhas estão presentes aqui e imagino a comoção, as fofocas, as falas das pessoas, com certeza isso me machucaria ainda mais.
mas acima de tudo, eu posso sentir um aperto no peito, pois, as pessoas aos arredores daquela mesa, não tinha um semblante feliz, era frio e tão arrogante que arrepia todos os pelos do corpo, queria acretidar que era apenas o inverno que se aproximava, mas fazia eu estar enganada quando eu olho para Joseph do meu lado com o sorriso mais sínico e tal sarcástico que alguém pode dar.
ele estava bem, estava calmo, e suponho que não estava nem aí no que aconteceu hoje mais cedo, talvez vocês me pergunta: por que essa mulher está com esse homem? por que ela não separa desse traidor? a resposta é simples: eu sei que minhas filhas são apegadas a ele, deste que eram mais pequenas, e com certeza ainda são, apesar de Joseph fazer coisas erradas, elas a amam muito, eu não queria que elas nascessem sem o pai presente, apesar dele ser um péssimo marido, confesso que como pai, ele era bom.
mas isso não adianta mais nada de agora, a única coisa que me preocupa é o bem-estar das minhas filhas, quero olhar para os olhos das pequenas e enxergar felicidade e não tristeza e desamparo, queria poder tocar em suas peles e apenas dizer: não se preocupem filhas...o pai de vocês é um marido bom, e jamais ele vai machucar a mamãe. era assim que achei, me enganei.
às vezes, pensamos muito além da conta, e isso nos torna estúpidos, o coração fica fraco para conhecer outras pessoas, os pensamentos que eram positivos se tornam negativos, o corpo quente se torna apenas uma "proteção" para que nunca mais sofra, às vezes, alguém precisa congelar seu coração para deixar seu corpo quente, ou seja, goste de alguém, se entregue loucamente na mesma intensidade que você guarda aí dentro, mas não chegue a se apaixonar, ou até mesmo se apaixone, conheça outros países, aprenda outros idiomas, converse até com um gato na rua, seja você mesma, mas se não conseguir se apaixonar, a culpa não será sua.
os conselhos de minha mãe que se tornaram um túmulo de saudades e proteção, todas as palavras ditas foram enterradas a sete palmos da minha mente, sobrecarregada a diversas verdade, concedida a uma pessoa que tanto admirei, escutei e respeitei, pena que não deu ouvidos a esse principal conselho.
flashback on:
- minha filha, eu vou lhe dizer uma coisa e que você leve para a vida.
