Capítulo 8

599 44 4
                                    


Manhã seguinte

Me remexo na cama, e logo algo envolve minha cintura. O brilho do sol que invade pela janela acaba me despertando lentamente, mas ainda é difícil abrir os olhos.

— Ai, minha cabeça.

 Me viro para o lado, abro meus olhos lentamente e vejo Tae, com os dois braços à minha volta, e as pernas enroscadas nas minhas.

— AAAAAH. — grito o chutando para fora da cama.

— AAAAH. — ele também grita. — Ai Sn, o que foi?

— O que tá fazendo na minha cama?

— Eu? Esse quarto não é seu.

Olho em volta confirmando que aquele realmente não era meu quarto.

Não.

Nós fizemos isso?

Eu não me arriscaria a ir tão longe, sabendo que ele poderia ferir meus sentimentos no dia seguinte... ou será que eu faria

 Me lembro de querer beijá-lo e depois bebemos vinho e...

Eu travo e, aos poucos, flashes da noite anterior surgem na minha cabeça.


ONTEM APÓS 2 GARRAFAS DE VINHO.

Eu hesitei quando ele se aproximou e passou suavemente a mão pelo meu rosto. De certa forma, o medo de ser magoada ainda se faz presente, mas a vontade de o ter agora é maior. Um arrepio subiu pelo meu pescoço e seus lábios se juntaram aos meus. Um beijo calmo, mas que estremece até a alma. Quando ele abriu os olhos novamente, seu olhar intercalou entre minha boca e o restante do meu rosto, e, sem aguentar mais, eu o beijo novamente, deixando fluir todo aquele sentimento que reprimi por anos.

Olhares, mãos, dedos...tudo tão intenso e surreal. Suas mãos pousam em minha cintura me impulsionando para que eu suba em seu colo.

Oh minha nossa, sua boca é tão talentosa que dissipa todo o meu autocontrole.
Minha respiração ofega e sinto seu hálito quente em meu pescoço. Meu autocontrole não foi a única coisa que foi tirada de mim, em questão de segundos minhas roupas também, e em seguida as dele.

Ele se levanta enquanto minhas pernas ainda estão envoltas a sua cintura e delicadamente me coloca sobre a cama.

— Eu esperei tanto por isso. — ele diz com a voz rouca no meu ouvido. — Tem certeza que posso continuar?

Ponto pra ele. Só sua voz já é capaz de me deixar inteiramente rendida.

— Sou toda sua. — digo e ele sorri.

Nosso beijo é suave com o gosto do vinho, ao mesmo que é desesperado e cheio de desejo.

Digo seu nome repetidamente, e ele se encaixa com perfeição em mim.

A "minha nossa senhora das visões do paraíso" ataca novamente quando ele entra em mim. E definitivamente eu me sinto no paraíso, e foi ele quem me guiou até lá.

Por favor, mais.

O sinto novamente, no movimento certeiro de vai e vem. Tomo impulso trocando nossas posições e ficando em cima, cavalgando enquanto ele geme infinitamente dizendo o quanto me quer. Esfrego e me esfrego.
Sua mão deliberadamente aperta com força minha coxa, me fazendo queimar ainda mais com seu toque. 

Ele conhece meu ritmo, e penso o porque eu demorei tanto pra agarrar esse homem.
Quando acabamos, caímos exaustos, sei que o álcool ainda corre por meu corpo, mas junto trouxe essa maravilhosa sensação.

Amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora