Capítulo 9

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Às vezes quero me dar uns tapas por essa insensibilidade romântica quase que incorrigível. Eu deveria pensar mais antes de agir e falar as coisas, mas ser impulsiva já está no meu sangue e, quando menos percebo, tudo desanda. Tae parece ter ficado tão chateado que o vi sair sem nem olhar na minha cara.

Meu telefone toca marcando o nome do Yoongi na tela.

— Oi Yoon, tudo bem?

— Ih, que voz é essa?

— Talvez de culpa. — Suspiro.

— Culpa do quê?

— Nada não, mas e aí, o que queria falar?

— Estou com tempo livre, quer ir almoçar?

Penso por um segundo.

— Ah, claro. — digo, mas confesso que só queria esperar o Tae voltar.

— Passo aí em 10 minutos então.

— Tá bom, vou só me trocar e já desço.

Ele desliga e 10 minutos depois já estou pronta aguardando por ele.

Permaneci o caminho todo em silêncio, apenas respondendo o necessário. Isso não tem nada a ver com o Yoon, mas sinto minha mente vagar pensando em vocês sabem quem. Mesmo durante o almoço, ele pôde notar que havia algo de errado.

— Sn, está tudo bem? Você está meio avoada hoje.

— Ah. — eu digo. — Foi mal, é só cansaço e dor de cabeça, logo passa.

— Passamos na farmácia para comprar um remédio antes de ir para casa.

— Não precisa, eu tenho em casa. Mas então, quando é o próximo show do grupo?

— No próximo mês, você vai, né?

— E eu tenho escolha?

— Não.

— Nesse caso, então eu vou. — Sorrio e ele retribui.

— E o Taehyung, estão se dando bem?

Eu travo, o encaro, olho para a mesa e depois o encaro de novo.

— Q-que? Taehyung? O que eu tenho a ver com ele? — rio nervosa.— Se estamos nos dando bem? Como vou saber... — viro o copo de água e sorrio ainda nervosa pra ele.

Acho que essa minha reação foi um pouco exagerada. Será que ele percebeu? Claro que sim, estou tão tensa que o restaurante todo deve ter notado.

— Calma Sn, foi só uma pergunta. Por que está tão nervosa? Olha, vou conversar com ele de novo assim que ele voltar de Paris, pra ele ficar na minha casa por uns dias, não deve estar sendo fácil pra você conviver com ele.

Fácil? Realmente não está. Conviver com o meu primeiro amor que me rejeitou e apareceu depois de tempos, reacendendo em mim o que achei que já não sentia mais, além de termos dormido juntos depois de termos enchido a cara, e desejar ele a cada minuto que eu o olho... bom, acho que isso realmente não é fácil.

 — Está tranquilo. — é só o que eu consigo dizer. — Espera, você disse Paris? Ele vai viajar?

— Sim, vai pegar um voo hoje, ele tem que marcar presença em um evento.

— Ah, entendi.

Depois de almoçar, Yoon me leva até em casa e se despede de mim com um beijo na bochecha. Não vi o Tae pelo resto da tarde e fico ansiosa para saber se ele já foi para sua viagem ou não.

Amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora