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Agosto de 2010 Coréia do Sul
As escadarias do dojang já estavam sendo desgatadas por Madelyn subir e descer correndo carregando dois sacos cheios de areia em cada braço, não era fácil ainda mais quando Madelyn tem apenas 8 anos de idade e apenas 1 ano de treinamento no dojang, mas Madelyn sabia que jamais deveria desobedecer seu avô.
— De novo! — Mestre Kim exclamou em sua língua nativa.
Madelyn soltou um suspiro longo e então voltou desde o início ajeitando as bolsas para subir novamente. As pernas da Silver tremiam e o suor escorria pela têmpora dela, mas ela não desistiu e voltou a subir as escadarias esverdeadas pelo lodo.
A ruiva olhou para o lado ouvindo um barulho nas escadarias e então viu um garoto caído no chão enquanto alguns riam entre si. Madelyn jogou os sacos no chão e então correu até o aluno caído o ajudado a se sentar.
— Bateu a cabeça? — Madelyn perguntou preocupada olhando o garotinho que olhava em volta a procura do Mestre Kim que por sorte não estava ali no momento, provavelmente estava com outra turma.
— Eu estou bem, são só aqueles idiota — O garotinho disse olhando a ruiva — Kwon Jae-Sung — Ele se apresentou — Você é Madelyn, todos te conhecemos.
A ruiva riu se levantando e o ajudando a se levantar com ela. Kwon era um pouco maior que Madelyn oque não era nenhuma surpresa, mas ambos tinham a mesma idade ao menor. Kwon havia entrado no dojang um pouco após Madelyn, mas ele sempre ficava sozinho por motivos desconhecidos.
— Devia ficar longe daqueles babacas, eles se acham os melhores só porque tem um pedaço de pano dourado no peito — Madelyn disse pegando as bolsas novamente — Se quiser dar uma surra neles...
— Você é louca — Kwon gargalhou olhando Madelyn. — Mas talvez um dia.
— Talvez um dia — Madelyn assentiu rindo — Acho melhor voltarmos antes que o Mestre Kim volte, não vamos querer ver ele irritado.
Quando Madelyn iria se virar novamente os garotos apareceram jogando os sacos dela no chão derramando a areia. A ruiva fechou o punho com força a porta das unhas cravarem na pele deixando marcas de sangue.
— É fácil ser a preferida quando é a netinha do sensei — Um dos garotos disse olhando Madelyn que fez uma careta.
— Eu sou a melhor porque me esforço e não perco tempo infernizando pessoas como se eu fosse uma idiota — Madelyn deu a resposta na ponta da língua.
A discussão rolava apenas com o grupo falando Coreano, oque era comum já que todos ali sabiam o idioma.
— A melhor diz você — O garoto zombou — Se fosse a melhor seus pais teriam-
