Olhos castanhos

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“Já me perdi em olhos
Azuis,
Verdes, pretos,
Mas ah! Nesses teus olhos castanhos, neles eu me encontrei.”
— Renan Aguirre

Jimin via e sentia todas as emoções que pertenciam a si mesmo e a outro, sentia-se assustado mas outra parte sua transbordava confiança. Estavam chegando perto do clã inimigo quando olhou para o céu e o viu ficar cinza repentinamente, raios cortaram às nuvens e uma ventania forte começou a atingir seus guerreiros e a si, era a irmã do Deus do Fogo.

Quando chegaram a entrada do clã um redemoinho desceu dos céus e os guerreiros que estavam na frente, eram arrastados e jogados a quilômetros de distância sem vida. Enquanto Jimin sentia desespero pelas vidas perdidas tão rapidamente, outra parte o dizia que eram sacrifícios necessários.

Hesitou por alguns instantes sentindo o domínio de seu corpo por alguns segundos, mas a mão de seu marido pousou em seu ombro e ele ditou com a voz mansa, o fazendo perder o controle de si mesmo novamente:

Incendeie

Jimin foi dominado pelo poder que sentia sair de dentro de si, ergueu uma das mãos e mesmo que não estivesse no controle, sentiu sua palma esquentar até que às chamas apareceram ali e com um estalar de dedos, elas começaram a dominar o redemoinho.

Foi algo surpreendente, o redemoinho que antes fazia um vendaval matando seus homens, se transformou em uma tempestade de fogo sob seu controle e facilmente arrebentou os portões do clã e o adentrou destruindo e queimando o que estivesse em seu caminho.

— Ataquem! – Ordenou e seus guerreiros possuídos pelas chamas do Deus do Fogo, atacaram.

Jimin desceu do cavalo em que estava, pegou sua espada e rapidamente a lâmina dela foi dominada pelas chamas, era a vez do ômega transformar em cinzas qualquer um que entrasse em seu caminho.

Park começou a andar e não demorou para que guerreiros viessem em sua direção tentando o atacar inutilmente, era extremamente fácil para o loiro desviar e cortar ao meio com a lâmina em chamas, qualquer um que se aproximasse demais ou simplesmente lançar às chamas da espada contra qualquer flecha, a transformando em pó.

Sentia o sangue dos inimigos respingar sob seu corpo e mesmo que aquilo fosse horrível e quisesse recuar e entender o porquê de tudo isso, algo o dizia que era preciso, então sem piedade alguma continuava a matar.

Olhou ao redor e o clã estava em chamas, casas, pessoas e animais desaparecendo nas labaredas incandescentes. Seus guerreiros estavam vencendo, não podiam ser feridos facilmente sabia que a vitória era sua, o Deus do Fogo é e sempre seria o mais forte dos irmãos.

Por isso o baniram, por isso o trancaram e por isso, morreriam.

Sentiu a terra tremer sob seus pés e sabia o que aquilo queria dizer, a irmã iria abrir crateras, deu um passo para a direita e ao lado de seu pé uma rachadura apareceu e logo se estendeu por toda terra, em questão de segundos o solo se partiu em dois e muitos de seus guerreiros e dos das Deusas, caíram naquele imenso buraco sem fim.

Caminhou rente a cratera e viu um guerreiro correr em sua direção com uma espada abençoada pelas deusas, ele conseguiu lhe cortar o braço e doeu por ser abençoada, mas aquele mortal asqueroso não era páreo para si.

Tomou a espada facilmente a jogando na cratera aberta e com um só golpe atravessou sua espada em chamas no peito do alfa, o viu se transformar em cinzas em cinco segundos, agonizando em dor e desespero.

Alfa? Alfa!Onde histórias criam vida. Descubra agora