Profecia

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Sombra de árvore frondosa

Na selva da vida hostil,

Tapete de grama vistosa

No vale padecido do mundo

Decoram a formosa criação

Em seu drama sensacional,

Em sua paixão fanática,

Em seu sacrifício mortal.

Os deuses, na terra, criam;

Sem firmamento, contemplam;

Nenhum pecado original, falha;

Sem sangue fervoroso, aniquilam;

Sem remorso penoso, choram;

Na montanha celestial, despertam.

Os deuses, na terra, recriam.

- Luiz de Vasconcelos, Ciclo penoso.



Minho e Jimin foram direcionados até uma pequena casa perto de um riacho, haviam outras casinhas ao redor e o cheiro de comida fresca dominava o ar, enquanto Jimin tinha apenas uma maçã no estômago, amanhã precisariam procurar por comida. Os guerreiros avisaram que na manhã seguinte, seriam encaminhados a trabalhos no clã e deveriam esperar na casa até segunda ordem.

A casa era pequena mas confortável, sala e cozinha juntas, um banheiro e um quarto, após uma discussão acalorada, foi combinado que a cada dia que passasse Jimin e Minho dividiriam quem dormiria no quarto, na primeira noite, Jimin pois mesmo tendo se alimentado e Minho não, o ômega estava mais debilitado.

Um de cada vez tomou banho, mas quando Jimin saiu havia comida fresca mandada pelo líder e sua mochila, Minho e Jimin sentaram-se na pequena mesa e começaram a comer e conversar.

- Jimin até quando pretende sustentar essa mentira? - Minho questionou preocupado.

- Até eu me tornar um guerreiro treinado, aí você volta para o clã e eu vou em busca de outro, com uma aparência mais forte e com mais treinamento, serei levado a sério e quem me contrariar, eu derrubo.

Jimin olhou para Minho e ele estava com a boca aberta e a colher em frente a boca parado, lhe olhando incrédulo.

- Por acaso está com algum problema Minho? - Questionou e o alfa devolveu a colher ao prato.

- Tá de brincadeira Jimin? Seus planos são horríveis! Eu tenho que ficar aqui, até você se tornar um guerreiro? - Jimin concordou dando mais uma colherada em seu prato. - Vou envelhecer aqui então, que droga! Eu queria casar e ter filhos!

Jimin limpou a boca com raiva e apontou o dedo na direção do outro, acusando:

- O que quer dizer com isso? Que sou um incompetente? - Minho concordou sorrindo e desta vez, foi ele quem levou uma colherada de comida a boca - Eu luto muito bem e você sabe, agora algo impossível é algum ômega querer casar com você.

- O que?! - Minho ditou ofendido, se levantando e empurrando a cadeira para trás - Eu faço o favor de te acompanhar e tenho que ouvir uma barbaridade dessas? Como se algum alfa quisesse ficar com você!

Jimin se levantou também, porque aquilo era uma afronta a sua pessoa.

- Pelo menos eu tinha três pretendentes e você? - Minho abriu a boca em total ultraje - E eu disse pra você não vir, não se lembra? Agora vai ficar aqui até eu cumprir o que quero, ou morremos abraçadinhos. - Jimin cruzou os braços e sorriu.

Alfa? Alfa!Onde histórias criam vida. Descubra agora