Fugir ou morrer

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"É preciso entender que às vezes o ponto final é necessário para que tudo tenha sentido!"



Jimin queria ir até Jungkook e Minho mas assim que a anciã se retirou foi cercado pelas pessoas, todos queriam parabenizar e todos queriam perguntar alguma coisa, Jihye principalmente, como Choi havia partido após a contagem regressiva de Jungkook para o expulsar, a ômega voltou a se aproximar mas não como antes.

- Doeu? Está se sentindo bem? Quer que eu faça um remédio pra você Jimin?

A morena questionou preocupada e antes que pudesse responder, ela virou para os membros do clã que chamavam seu nome e ditou alto:

- Ele precisa descansar, por favor se retirem!

E por incrível que pareça os membros do clã e demais se dissiparam, às ordens de Jihye eram sempre obedecidas já que além de influente devido à família, ela era respeitada por dar à educação básica de todas às crianças e adolescentes do clã.

- Jihye não precisa disso tudo. - Ditou rindo.

- Olha Jimin sei que somos amigos e já aceitei esse fato lamentoso, mas eu faço questão de cuidar de você, Jungkook e Minho já tem quem faça isso por eles e eu não vou te deixar sozinho.

Sem entender a colocação de Jihye olhou na direção de Jungkook e ao ver aquela cena parecia que haviam lhe tirado o chão debaixo dos pés.

Não podia descrever o tamanho do impacto que teve sob si, o líder Jeon estava abraçando Jungkook com um braço e a pretendente dele no outro e todos ao redor rindo e comemorando. O líder estava comemorando a vitória de Jungkook por sobreviver e dizendo para todos ao redor deles à plenos pulmões que a próxima conquista que queria um neto.

Enquanto isso Ji-Ae e Minho estavam abraçados sem dizer nada e sem falar com ninguém, talvez desde que a anciã os deixou. Sentiu uma pequena pontada de inveja e um grande sentimento de vazio com tudo o que via naquele momento.

Estava observando uma vida a qual nunca viveria e momentos que nunca poderia ter, foi como se um balde de água fria fosse derramado sob sua cabeça e com isso finalmente acordou de uma ilusão, mesmo vivo não poderia ter uma vida normal e feliz.

Era óbvio que às responsabilidades que lhe cabiam agora iriam tirar qualquer liberdade que pudesse ter, O Deus do fogo, às maldições que aparecem em seu caminho, às batalhas, os problemas, às responsabilidades, essas coisas nunca teriam fim e se tivessem não sabia por quantos anos, sendo assim jamais poderia ter uma vida normal ao lado de Jungkook.

Filhos? Nunca imaginou essa situação em sua vida, afinal não havia amado ninguém até Jungkook aparecer, mas pensando agora como poderia cuidar de alguém quando sequer consegue cuidar direito de si mesmo? Vive com a vida em risco, lutando com coisas inimagináveis, como teria tempo de cuidar de outro ser?

Mas ainda que viesse a ter, como mantê-lo seguro quando está sempre sendo sequestrado sem poder evitar? Ter um filho era o mesmo que deixar cortarem seus tendões de Aquiles, era inviável e impossível.

Passar pelo ritual não foi nada comparado a dor que sentiu ao ter que encarar a realidade.

Quando Jungkook conseguiu se desvencilhar de seu pai lhe lançou o pior olhar possível e se afastou, aquilo era um absurdo jamais teria filhos com Min-Ji ou qualquer envolvimento com a ômega, sentia apenas simpatia e talvez nem isso, convivia em harmonia.

Quando virou para procurar Jimin ele já não estava mais ali o que foi um péssimo sinal, ele com certeza iria o esperar depois de todas às emoções altas no ritual mas viu essa situação ridícula e ficou irritado ou chateado.

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