PARTE IV

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Capítulo sem revisão. Boa leitura!

Aviso: contém leve cena +18!


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— Sirius! Pare com isso. — Ele pode ouvir a voz de James, mas ela parecia estar tão longe que ele nem deu importância.

A dor irradiou pelo corpo de Sirius, mas ele a ignorou, sua visão se tornando turva com raiva. Ele mal se lembrava de como tudo aquilo começou, eles estavam no treino do time de quadribol e por algum motivo que ele não conseguia se lembrar com nitidez ele e Hawthorne começaram a brigar, uma parte de si sabia que foi que começou.

Os dois garotos se envolveram em uma luta violenta, trocando socos e empurrões. Em um momento de desespero, Sirius conseguiu derrubar Hawthorne no chão e, montando sobre ele, começou a golpear seu rosto repetidamente. Os nós de seus dedos já estavam doendo e sangrando, os socos que ele tinha levado no rosto fez sua visão ficar embasada por conta da mistura de sangue e suor, e ainda tinha a dor que irradiava por suas costelas, mas por algum motivo ele não conseguia parar, e sendo sincero ele nem queria.

Hawthorne tentou se proteger, mas Sirius estava fora de controle. Apenas quando ele sentiu uma mão forte em seu ombro, puxando-o para trás, é que a fúria cega começou a dissipar. Ele foi jogado contra o chão, ofegante e ensanguentado. Olhou ao redor e viu James e Frank, ambos com expressões de choque e preocupação.

— Sirius, o que você está fazendo? — Perguntou Prongs, seus olhos arregalados de horror.

Sirius tentou responder, mas as palavras falharam. Ele olhou para suas mãos cobertas de sangue e, por um momento, não reconheceu a si mesmo.

— Senhor Black o que está acontecendo com você? — A voz da professora estava coberta de horror. Ela veio até ele assim que pediu para alguns alunos levarem Hawthorne para a enfermaria. — O seu comportamento está inadmissível e por isso você está suspenso do time.

— Eu sinto muito professora, eu não sei o que aconteceu. Eu sinto muito. — A voz de Sirius estava alta e sua respiração começou a acelerar, suas mãos estavam tremendo e só ficou pior quando ele olhou ao seu redor e viu todos os seus colegas de casa o olhando com medo.

— Eu entendo sua situação, mas eu não vou colocar o bem-estar dos outros alunos em risco por sua causa. — A mulher chegou mais perto dele e falou baixinho. — Vá para a enfermaria agora mesmo, conversaremos melhor depois. O treino de hoje acabou.

Sirius foi acompanhado até a enfermaria por James, já que ele foi um dos poucos que não se importou em chegar perto dele.

— O que está acontecendo comigo James? — Seus olhos estavam nublados por lágrimas, ele se sentia assustado e frustrado. Episódios de acessos de raiva já estava fazendo parte de quase todos os seus dias e ele não sabia como parar.

— Eu não sei companheiro.

Quando ele chegou na enfermaria ele ainda teve que aguentar o olhar de pena de Pomfrey, e ser mantido longe de Hawthorne, como se ele fosse um animal selvagem.

— Senhor Potter, você pode ir procurar o senhor Snape e o trazer até aqui por favor? Acredito que ele esteja na sala de poções. — Deu para ver no rosto de James que ele não queria, mas no fim ele acabou concordando. — Seja rápido.

Sirius se sentou na borda da cama da enfermaria, seu corpo doendo em todos os lugares possíveis. A raiva que antes o consumia agora dava lugar a um vazio gelado e à crescente sensação de culpa. Ele não conseguia afastar o olhar de suas mãos machucadas, os nós dos dedos inchados e ensanguentados. Como ele pôde perder o controle assim?

A maldição das dríadesOnde histórias criam vida. Descubra agora