LOVING THE ENEMY | QALETAQA WALKER FTWD

Capítulo 4

Ao longe podia ver o rancho Broke Jaw, Crazy Dog como havia sido alertado me deixou no meio do caminho e o restante tive que vir sozinha de a pé. Graças a Deus o sol ainda iria nascer.

A minha única bala na arma não foi necessária, não encontrei nenhum zumbi pelo caminho. Minha ferida na perna que já havia sido costurada estava ardendo, resultado de estar andando a um bom tempo.

Quando estou a uma distância boa, levando os braços balançando para o guarda na guarita conseguir me ver.

—Hey! –gritei.

Não demorou para o portão ser aberto e homens armados apontaram suas armas para mim.

—Calma pessoal, é a Alita. –um deles respondeu, abaixando sua arma e vindo até minha direção.

Esse mesmo homem era Sam, um amigo de Troy. Ele apoiou meu braço em volta de seu ombro e me ajudou a caminhar para dentro dos portões.

—Achamos que havia morrido. –diz assim que me ajudou a sentar na cama da enfermaria.

Eu nada disse, apenas tomei uma garrafinha inteira de água e me deitei.

—Provavelmente já avisaram seu pai e seus irmãos, não vão demorar para chegarem.

Fiquei alguns minutos esperando, porém, meus olhos aos poucos foram falhando e quando dei por mim já havia caído no limbo da escuridão de um sono profundo.

Sinto aos poucos meu corpo despertando, porém, continuo de olhos fechados. Ouço vozes na enfermaria e logo reconheço como sendo dos meus irmãos.

—Ela já não deveria ter acordado? –Troy diz, parece impaciente.

—De um tempo, Troy, ela deve estar cansada. –sua voz estava mais perto de mim, provavelmente estava ao meu lado. —Não sabemos o que ela passou.

Pelo que eu passei. Me recordo de tudo como uma enxurrada de lembranças. O rosto de Ayiana veio em minha mente, fui embora e nem consegui me despedir e me desculpar com ela, nesse exato momento deve pensar que sou uma traidora. O que de certa forma não é mentira.

—Falem baixo, tem gente querendo dormir. –resmungo me remexendo na cama dura da enfermaria.

—Ali! –exclama meu irmão caçula preocupado, se aproximando mais. —Você está bem?

—Tirando a sensação de que um caminhão me atropelou, estou ótima. –o abraço apertado. —O cosplay de pirata combina com você. –me refiro a bandagem em seu olho. —Ficou cego?

—Eu ainda enxergo, isso é só até sarar. –diz a contra gosto.

—A velhota não brinca em serviço.

Quando Troy fazia seus experimentos com as pessoas que passavam pela fronteira, ele arranjou encrenca com a família de Alícia e sua mãe, que recordo chamar Madson, usou meu irmão como refém com uma colher enfiada por debaixo do olho de meu irmão. Foi assim que acabamos todos aqui.

Dou minha atenção a Jake que estava parado de braços cruzados, com um olhar triste.

—Não está feliz em me ver Jayjay? –o chamo pelo mesmo apelido que o chamo desde que éramos crianças.

—Pensei que havia morrido Alita. –se sentou ao meu lado, me abraçando apertado. —Foi tudo culpa minha, eu deveria proteger você.

—Eu estou bem, Jake. –sorrio me separando de seu abraço e pegando seu rosto com minhas mãos. —Não aconteceu nada comigo.