Hayden Leonardo Castilho Diaz
Acordo em um solavanco, várias vozes falando ao mesmo tempo, pessoas chorando, buzinas soando e sinto meu corpo ser carregado.
Xx: senhor, senhor! O senhor consegue me ouvir?
Sinto um leve zumbido em meu ouvido e a minha respiração descompassada.- S-sim...- digo meio grogue.
Xx: perfeito! - Diz baixo e parcialmente aliviado. Sinto que estou me movimentando e que estou em uma maca.- o que... O que aconteceu? - eu perguntei tentando respirar. Não sou respondido e sinto a maca ser levantada e sou posto dentro de uma ambulância. Me é posta uma máscara de oxigênio e as vozes dos paramédicos ressoam dentro da ambulância. Lentamente, sinto minha respiração abrandar e meus Olhos fecharem lentamente...
...Desperto lentamente, sentido uma dor insuportável em minha cabeça. Grunho dolorosamente. Olho em volta e percebo que estou em um quarto de hospital. Uma luz insuportável entrava pela janela, através das cortinas finas e brancas. Ouço o barulho da máquina que controla os batimentos cardíacos e quando olho pra o lado, percebo ter uma mulher sentada em uma poltrona focada em seu celular. Ela levanta o olhar pra mim.
Xx: parece que a bela adormecida finalmente acordou... Ela diz sarcástica e pousa o celular em sua coxa. - o quê??- pergunto confuso e desnorteado.
- Você não lembra o que aconteceu?- ela pergunta com cética com um olhar rígido.Tento forçar minha memória, e fragmentos dela se alastram pela a minha mente; festa, bebida, mais bebida, Alex vomitando, Dylan nadando na fonte, estrada, Alex e eu discutindo pelo volante, o carro batendo contra o poste e de repente nada... E depois volto ao raciocínio.
- Eles estão bem? Eles estão vivos? O carro está bem? - perguntei preocupado e desesperado.
- Então você ainda se lembra...- ela levanta da poltrona. - bem, felizmente nenhum de vocês saiu gravemente ferido... Mas, não digo o mesmo da garotinha na UTI nesse momento... - ela diz em um tom amargo e rígido, fazendo meu coração disparar e meu estômago afundar. - O que você quer dizer com menininha, eu não lembro de nenhuma garota! Eu disse desesperado sentindo o bile em minha garganta.
- Claro que você não se lembra, tinha tanto álcool no organismo que é um milagre não ter tido uma overdose! - ela eleva a voz, mas tentando manter a calma. - Ontem, você e seus primos cometeram tantos delitos, que eu não sei como vocês ainda vão conseguir manter a vossa ficha limpa! - ela joga um documento em meu colo, quando tento pegar, percebo que meu braço direito está preso. - porque raios estou algemado? - pergunto consternado.
- É uma prevenção utilizada com suspeitos criminosos. - ela diz, e sinto meu sangue gelar. - criminosos? Eu não sou um criminoso, que raios está acontecendo? - pergunto alterado e tentando puxar meu braço da algema.- mantenha a calma senhor Diaz, que todas as suas perguntas serão respondidas e obviamente você irá responder várias perguntas também! - ela diz com um olhar presunçoso e antes de eu poder responder, a porta abre-se, revelando um médico.
- Senhorita Ross, a senhora sabe que é proibido e antiético interrogar um paciente antes da revisão geral ou sem autorização da família ou do mesmo! - o médico diz seriamente e formalmente.- Ele não é apenas um paciente, ele é um dos suspeitos do atropelamento daquela garota! - a agente Ross diz, parecendo estressada e irritada com o fato.
- Mas isso não dá-lhe o direito de invadir o quarto do paciente sem permissão do doutor! - ele rebate contra ela, fazendo ela ficar calada. - eu agradeceria que a senhora saísse do quarto imediatamente para que eu pudesse examinar o paciente. - ele diz profissionalmente, e a agente Ross apenas flexiona a mandíbula e depois Assentiu, saindo do quarto. Eu fecho os meus olhos, pensando na merda que eu acabei de me meter. Porquê que eu não posso ir em uma festa e voltar sem ser preso?
...
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PAIXÃO IMPREVISTA
Non-FictionTrês rapazes ricos despreocupados com a vida , mimados pelos pais , veem-se comprimentidos a uma situação, depois de terem provocado um acidente que poderia tirar a vida de alguém. Durante essa fase teriam que arcar com as consequências dos seus a...