( A música mostra a vibe da persona que vai tira a nossa protagonista do sério, inúmeras vezes, hehehe!)
11 de julho de 2020....
Que saco! estou vivendo em um pandemônio no meio do nada, estou enlouquecendo com todo esse caos! isso tudo pegou a todos de surpresa e tudo parou de repente, meus dias estão sendo da cozinha, sala e oitenta porcento do tempo no meu quarto enfiada no celular rolando um feed qualquer pra matar o tempo!
mas pera ai!!! Que barulho são esses? Me levanto, ainda estou de pijama, um shortinho preto de fantasminha e um blusão preto na mesma estampa, ele é tão aconchegante por ser de algodão, Ótimo pra usar depois do banho e foi o que eu fiz! Olho pela janela e vejo um grupo de rapazes gritando em vitória por algo que ainda não entendi bem o que seja!
- Seus filha da mãe, dar pra gritar em outro lugar? E aliás! O que vocês estão fazendo aqui? - falei estreitando os olhos e com um pinguinho de curiosidade em saber que diabos eles estão fazendo em frente a minha casa! me apoio na janela do meu quarto que é de frente pra essa rua, enquanto espero a resposta do bando de marmanjos barulhentos que olham entre si sem ainda formular uma lijeira resposta.
Vitor me olha de canto e vira a cabeça em minha direção me observando deste então, ele é o garoto que todos daqui do bairro são loucos pra fazer amizade ou ter o mínimo de atenção da vossa "excelência"! filho do gerente da maior empresa local da nossa humilde e pacata cidadezinha.- Ela é sempre assim? - ele disse em bom tom para o meu amigo, que aliás é também amigo dele! E inclusive por um milagre essa amizade nasceu do nada de uns tempos pra cá, mas eu e esse Vitor nunca trocamos uma palavra se quer, meu amigo me olha com um sorriso de orelha a orelha, esse filha da mãe!
- Há cara! Hoje até que ela está de boa, né Nádia? - Ele olha pra mim e dar uma piscadinha de olho, ele sabe que é charmoso! E usa isso em benefício próprio.- fala sério, Carlos! Dar pra vocês pararem com essa gritaria ou vão pra outro lugar, estou tentando manter a porra da minha paz aqui - falo olhando diretamente pra Carlos, um moreno alto e cacheado, com um corpo atlético e jogador de futebol número um do time do bairro, antes de tudo ter paralisado.
Ele e os colegas estão com um vidrinho de álcool em gel e alguns com a máscara pendurada na orelha, a nossa empresa desde que tudo aconteceu, estabeleceu algumas medidas extremamente rígidas sobre os cuidados e precauções dessa coisa que tá rolando aí no mundo, e para entrar aqui no nosso "bairro" particular que pertence a empresa está sendo algo quase impossível de tão burocrático.Carlos é bem engraçadinho quando quer e mesmo sendo um travesso, ele até que é bem responsável, Pelo menos! Sem esquecer de um grande detalhe, ele é um rapaz de um coração enorme e o queridinho dos meninos que jogam com ele algum tipo de jogo online, que até hoje não sei o que é, mas que o deixa em êxtase! Ele fala sobre esse jogo por horas e horas que as vezes até perco a paciência com ele, fora os momentos que ele tenta me convencer a jogar esse jogo, até baixar ele já baixou no meu celular esse joguinho! só que até hoje não criei nenhum pingo de vontade de entrar nessa coisa.
- Há Nádia, deixa a gente aqui! mó da hora essa sua calçada, para! Vai. - ele fala com aquele jeitinho de muleque trambiqueiro que só ele tem.
- E o que tem na minha calçada que nas outras não tem, me fala? - falo em tom de deboche enquanto olho pra cara de cada um deles, tem uns cincos guris em frente da minha casa e só conheço o Carlos, o resto só conheço de vista, nunca troquei um bom dia se quer, mas uma certa voz chama a minha atenção:
-Olha, só! Então ela não sabe..
Victor o "poderoso chefinho', se levanta da beira de um canteiro de cimento onde estava sentando colocando as mãos no bolso da bermuda escura e ajeita a postura, logo em seguida me lança um sorriso de canto com ar de sarcasmo pro meu lado.
Eu olho pra ele intrigada, analisando esse jeitinho de eu sou o "alfar" que ele exala, que aliás não me intimida nem um pouquinho.
- oooh menino? O que eu deveria saber? Me fala!
Ele estreita o olhar e me responde:
- Menino? Me sentir ofendido -ele coloca uma das mãos no peito e a outra ainda no bolso olhando para mim tombando a cabeça de lado com cinismo.
-Como que a gente mora no mesmo bairro há mais de um ano e aínda não sabe o meu nome? Nádia! Nádia!
Eu olho intrigada e resolvo sair pra fora, dou uma meia volta saio do meu quarto passo pela sala de estar e abro a porta da entrada, vou até o meu portão e o destranco! Estou oficialmente do lado de fora, cara a cara com esse petulante.
- olha aqui criatura! eu não tenho tempo para ficar investigando a vida de ninguém e se eu ouvir o seu nome!? no máximo, uma ou duas vezes e olhe lá, há! me poupe! -falo com as duas mãos na cintura não me importando com quem passa na rua e veja a cena, nesse horário tem uns velhinhos sentados um longe do outro pra aproveitar a tardezinha ou pra não enlouquecer de tanto ficar dentro de casa.
- Ei, ei! calma, tudo bem! Vamos fingir que você não sabe meu nome, ok?
Ele fala com as mãos pra cima em rendição logicamente caçoando da minha cara!
Ele volta a postura normal e dá alguns passos em minha direção:
- Então senhorita Nádia, não estamos aqui só por causa da sua calçada! - ele olha pros rapazes antes de volta a falar.
- Alguns é pelo seu wi-fi e eu só estava de passagem quando vi o meu amigo Carlos parado aqui, e aqui estou.
Quando eu ouvir aquelas palavras eu não sei como mantive a calma, mas fui tolerante e me fiz de boa moça.
- ok! Ok! Vocês vem, faz essa algazarra em frente o meu portão e ainda por cima roubam o meu wi-fi na cara dura, santo Cristo! Der me paciência! e aposto que ten haver com aquele joguinho que Carlos vive jogando, né Carlos? -olho para ele com os olhos acirrados com ar de acusação!
Ele rapidamente enche a boca de ar arregala os olhos, coloca a mãos no bolso solta o ar e me responde.
- Mas Nádia, eu não fiz por mal! É campeonato e os muleques estava sem wi-fi devido a falta de manutenção da empresa e você tem um dos melhores wi-fi que a empresa fornece, quebra essa vai!? -Ele fala um pouco rápido, tentando manter a calma! foi pego com as mãos na massa.
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Meu doce e amargo "karma"
FanfictionA história se passa entre um grupo de amigos que se conheceram durante a quarentena de 2020, a protagonista mudou para uma cidadezinha do interior antes de tudo acontecer! quando a situação estourou ela se viu presa em um lugar que não era muito fam...