29 - Eu realmente amo ela

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Sam POV

Eu estava jogada no chão do parque com os olhos marejados tentando ter forças para me levantar e voltar pra casa, mas só de pensar que eu iria voltar sem a minha menina gatinho minhas pernas ficavam tremulas e eu não conseguia mexer um músculo.

Eu não conseguia acreditar no que acabara de acontecer, eu queria me matar por ter deixado Mon fazer isso. Eu já podia sentir os olhares estranhos para mim e já ia levantar quando uma voz familiar, confusa, chiou: ''S-Sam?''

Minha cabeça se levantou e virei para Mon, minha gatinha, de pé na entrada do parque.

''Mon!'' Exclamei, levantando e me lançando para ela.

Eu puxei a garota, que deu um pequeno grito, em meus braços e enterrei meu rosto no topo de sua cabeça com o gorro, um soluço abafado de alívio escaparam dos meus lábios.

''Sam?'' Mon repetiu, se contorcendo em meus braços na tentativa de se soltar. Ela conseguiu pegar um vislumbre do meu rosto antes que eu pudesse puxá-la de volta para os meus braços. Isso só deixou a menina em histeria. ''Sam! Sam! P-por que você e-está chorando?''

Eu não tinha exatamente consciência disso, mas as lágrimas estavam escorrendo dos meus olhos e banhando meu rosto, eu queria gritar com a Mon por ter feito isso, mas ela ficaria assustada demais, ''Eu pensei... Eu pensei que-''

''Não c-chore!'' Mon pediu e me abraçou com força, parecendo prestes a chorar também e meu coração amoleceu completamente. ''P-por que Sam está chorando?''

Minhas mãos agarraram na sua camisa: ''Eu pensei que você tinha ido com o tal Wisanu. Achei que você tinha me deixado!'' Alterei meu tom de voz, mas logo tratei de me acalmar para não assustar Mon.

''M-mas...'' Mon bufou. ''Sam não precisa de dinheiro? M-Mon só, queria ajudar.''

''Por favor, Mon.'' Tomei um grande fôlego e a soltei para que eu pudesse olhar para seus grandes olhos castanhos. ''Você precisa entender. Eu não quero dinheiro de ninguém. Eu não quero isso, apenas quero você. Quero mantê-la comigo.''

Mon limpou suavemente uma lágrima do meu rosto com uma careta e me deu um de seus famosos beijos desajeitados. Puxei-a de volta para os meus braços com um estremecimento, ''Esqueça Wisanu, vamos para casa.''

''Ok,'' Mon sussurrou. ''M-Mon está a-arrependida... S-Sam está b-brava?''

''Não,'' suspirei, mas uma parte de mim realmente estava. ''Eu não estou brava.''

''Triste?'' ela chiou.

''Não mais,'' eu assegurei a ela. ''Vamos, Mon.''

''Mas...'' Mon disse, hesitante, me impedindo de puxá-la para o carro. ''Wisanu s-sabe onde M-Mon mora... E sabe q-que Mon é real.''

Meus olhos se arregalaram. Era verdade. Wisanu tinha recebido uma confirmação de que Mon existe, pela própria Mon. Eu teria que encontrar um lugar mais seguro. Pelo menos até que Wisanu encontrasse uma maneira mais fácil de ganhar dinheiro. Foi então que decidi que ia visitar a minha mãe por uma semana ou algo assim.

Levaria Milk e Love, também, porque eu tinha certeza de que Wisanu também sabia que Love existia, se foi o Dr. Supp ou quem quer que a informou sobre Mon. ''Nós estamos indo visitar minha mãe, Mon, ok?''

Eu puxei a menina para o meu carro, empurrando-a suavemente para o lado do passageiro antes de correr para o lado do motorista. Eu queria ficar longe do parque o mais rápido possível.

Eu estava em silêncio o caminho inteiro, ainda estava um pouco abalada com o que Mon havia feito apenas para me dar dinheiro, uma parte de mim achava isso realmente muito fofo e achava que não deveria brigar com ela pois ela havia feito isso porque me amava, mas outra parte queria dar vários tapas em seu rosto e implorar para ela nunca mais fazer isso.

Mon pegou minha mão no momento em que estava dirigindo, sentindo a minha indiferença, ''M-Mon está m-muito arrependida... Ela s-só queria a-ajudar.''

''Está... Está tudo bem, Mon.'' disse a ela suavemente, apertando sua mão e enxugando meus olhos úmidos. ''Você não sabia.''

''Mon ama Sam'', ela esticou o braço com a mão que não segurava a minha e me deu um tapinha.

''E eu te amo, Mon. Vamos levá-la de volta para casa e fazer as malas. Você já comeu alguma coisa hoje?''

Naquele momento eu percebi que, não importava quantas burradas Mon fizesse ela sempre teria o seu jeitinho Mon de me fazer não soltar os cachorros para cima dela. Eu realmente a amava.

Perfeitamente Única - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora