𝟎𝟔

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— Ela está acordando!

Meus olhos estão embaçados e minha cabeça latejando.

— Chamem o curandeiro, a princesa não está conseguindo abrir os olhos direito.

De repente sinto uma coisa extremamente quente em minha testa, e várias vozes ao meu redor, eu não faço ideia de onde eu estou. Minha cabeça não para de pulsar e meus olhos mal abrem direito.

— Tome, princesa. Engula isso.

Alguém abre minha boca e coloca um líquido goela abaixo, um gosto horrível, mas eu estou sem forças para conseguir reagir.

— Alyssa? — alguém fala meu nome, uma voz familiar.

Vou abrindo meus olhos devagar, eu não tava conseguindo fazer muito esforço. Quando consigo enxergar minimamente vejo uma mulher branca com a cor dos cabelos iguais os meus.

— Alyssa?

Consigo abrir os olhos lentamente, quando vejo em minha frente, Rhaenyra. Onde raios eu estou?

— Onde eu estou? — a única coisa que eu consigo responder a minha irmã.

— Você está em Pedra do Dragão, Alyssa. Você está dormindo a três dias.

Minha cabeça ainda doía, para falar a verdade meu corpo inteiro estava dolorido. Eu não faço a menor ideia de como sai de Porto Real e vim parar em Pedra do Dragão.

— Como eu vim parar aqui?

— Achamos você jogada em frente ao castelo.

Eu????? Jogada? Quem será que tinha feito aquilo?

— Meu Deus. — começo a lembrar de mínimas coisas. — Jaehaerys, vocês mataram ele.

— Vocês podem nos deixar a sós, por favor? — diz Rhaenyra para os servos. Assim que todos saem ela se senta na cama onde eu estava. — Eu não mandei matar ninguém, Alyssa, eu não matei ninguém. Daemon matou o bebê como vingança ao que fizeram com Luke, mas eu juro diante dos Deuses que não mandei matar ninguém.

Daemon era realmente perverso, eu sabia disso, mas não sabia que era tanto.

— Os empregados que Daemon subornou foram mortos e descobertos, os dois estão mortos. Como você veio parar aqui, minha irmã?

— Eu não sei, como você disse eu acabei de acordar. Você não, Vossa excelência, aqui es rainha. Como eu ia dizendo, entram esses dois homens, mataram Jaehaerys e me apagaram.

— De qualquer forma, enviaremos um corvo para Alicent e avisaremos que você está sã e salva. Também mandaremos você de volta a Porto Real.

Meu Deus, agora que eu percebi, eu estou em Porto Real, estou longe de Aegon e Alicent. Estou no mesmo palácio que Jacaerys.

— Não, Vossa Graça. Por favor eu imploro. — não consegui fazer tanta força, e minha voz está muito fraca para gritar.

— Alyssa eu não posso deixar você aqui.

— Rhaenyra eu te imploro, eu juro minha lealdade para você. Eu não posso mais ficar perto de Aegon.

Minhas palavras foram sinceras, eu preferia jurar minha lealdade e trair Aegon do que continuar ao seu lado, mas demorarei de conseguir a confiança dos pretos.

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Me deixaram o resto da tarde presa no quarto, com medo da ameaça que eu seria, agora eu me pergunto, que ameaça se eu não sei nem manusear UMA faca, além de estar quase aleijada. As únicas pessoas que vi além de Rhaenyra foram duas servas que me ajudaram a tomar banho e a comer, e um curandeiro que me deu aquele chá terrível novamente. Mas, fui tão amigável e simpática com as servas que ambas me contaram que Nyra me chamaria para jantar junto a eles, e eu realmente esperava isso, eu não aguentava mais ficar presa e sem uma certeza do que aconteceria comigo.

𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗨𝗚𝗛𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗙 𝗗𝗥𝗔𝗚𝗢𝗡𝗦; 𝗁𝗈𝗎𝗌𝖾 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝖽𝗋𝖺𝗀𝗈𝗇𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora