𝟎𝟖

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Rhaenyra tinha se comunicado com seus olhos e bocas aqui de Porto Real, e eles cuidaram muito bem dessa "missão". Deixaram dois cavalos ao lado da caverna em que escondemos Vermax. Pegamos o caminho do castelo, estava pensando como entraríamos no foço.

Conseguimos chegar na pequena vila que da a caminho do castelo, logo, nós dois prendemos os dois cavalos em uma pequena árvore.

— Tome cuidado com seu cabelo, Alyssa! Todos a reconheceriam se vissem seu cabelo.

Recolho a pequena mexa que tinha escapado do capuz, como ele tinha reparado nisso? Fomos andando lentamente para não despertarmos suspeitas nos plebeus, e fui percebendo que eles estavam com rostos estranhos, receosos. Mas eu entendi o porque, fomos andando e vi diversos corpos pendurados, todos mortos, cheios de sangue grudado e moscas ao redor dos cadáveres. Ainda avia mulheres ajoelhadas em frente aos corpos de seus conhecidos. Minha boca soltou um suspiro assustado e logo a tapei.

— Não faça barulhos? Está louca. — diz Jace com uma voz de desespero.

— O que aconteceu com eles?

— Seu marido.

Só podia ser Aegon, eu ainda não sei porque não pensei no óbvio. Fomos andando mais um pouco, virando alguns becos estranhos e pegando alguns atalhos conseguimos chegar no fundo do castelo, todos os pelos do meu corpo arrepiaram, eu ODEIO esse lugar. Acabo travando na porta em que eu e Jace paramos na frente.

— Não vamos entrar no castelo. — diz ele, será que ele percebeu que fiquei receosa? — Vamos pegar seu dragão e ir.

Não tinha o que fazer, segui pela porta. Entramos em um lugar úmido e escuro, os barulhos dos ratos ecoavam sobre esse lugar.

— Onde estamos? Como você conhece isso? — pergunto.

— Eu não conheço, foram os olheiros de minha mãe que me orientaram vir por aqui. Me siga.

E eu o segui, eu não conhecia esse lugar, percebendo eu não devo conhecer boa parte de onde eu morava, isso é bizarro. Andamos mais um pouco e pude começar a sentir o cheiro de sangue de cabra e dragão, chegamos no foço, não foi difícil como eu pensava, mas seria difícil Meraxes não fazer barulho.

— Seremos rápidos, Alyssa. — a única coisa que faço é um sim com a minha cabeça.

Começamos a andar devagar, geralmente o foço dos dragões não eram extremamente vigiados, por motivos óbvios.

— Onde está Meraxes?

— Mais no fundo, ela é grande precisa de um espaço maior. Eu vou sozinha, me espere.

Fui com o passo mais apressado para a achar onde Meraxes estava sendo aprendida. Chegando lá comecei a desacelerar os passos, meu medo de Meraxes começar a gritar era imenso.

— Meraxes. — falo relativamente alto.

Quando pronuncio o nome dela escuto suas patas pesadas batendo no chão, ela acordou. Meraxes começou a grunhir.

— Naejot Māzīz Meraxes. — o dragão começa a me reconhecer e atende os meus comandos. — Meraxes Lýkirī.

O dragão me obedece, logo coloco minha mão em seu rosto, ela me reconheceu.

— Lýkirī Meraxes.

Faço o maior esforço para subir o mais rápido possível, e consigo. Aplico os comandos para ir andando mais para frente para buscar Jacaerys.

— Vamos, Jace. — digo descendo rapidamente do dragão. — Precisa subir comigo para ela não estranhar.

E assim foi feito. Subimos juntos em Meraxes e saímos voando rapidamente atrás de Vermax para buscarmos e irmos para casa, minha nova casa.

— Não acredito que deu certo. — diz Rhaenyra assim que eu e Jace descemos dos dragões.

— Eu falei que íamos conseguir. Obrigada Nyra, obrigada Jacaerys. — digo dando a mão para minha irmã e logo saindo do foço de Dragonstone, eu estou exausta.

Vou caminhando pelos corredores do castelo enquanto vou tirando as luvas pesadas de couro que estavam em minha mão, até que de repente escuto passos atrás de mim. Meu Deus, eu não aguento mais perseguições ou abusos.

— Alyssa.

— Tio? — o que Daemon queria comigo?

— Quais são suas verdadeiras vontades a formar uma aliança com Rhaenyra, eu não confio em você.

— O que eu disse no jantar, querido tio. Não tenho outras intenções, principalmente traição, acabei de trazer meu dragão aqui, acompanhada do herdeiro do trono, se quisesse fazer algo teria feito neste momento. — digo enquanto caminho, com ele vindo atrás de mim.

— Ainda estou observando você. — ele faz uma cara feia e para no meio do corredor. — Está fedendo.

— Deixe de ser estúpido, até parece que você não tem um dragão. — digo antes mesmo dele resolver criar alguma resposta ou vir atrás de mim.

Estou gostando de estar longe de Aegon, 5 dias longe de seus abusos, agressões ou absurdos que escuto da boca de Alicent, mas está cansativo acusações repentinas da parte do Daemon. Cheguei nos meus aposentos e pensei seriamente em me jogar na cama com tudo, mas o Daemon está certo, eu realmente estou fedendo, então a primeira coisa que fiz foi chamar as servas para me ajudar a tirar a roupa de montaria e me auxiliar no banho. A partir de agora tentaria a todo custo conseguir a confiança e lealdade dos pretos, eu preciso disso.







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Oii gente aqui é a autora!! Gostaria de pedir desculpas pelos capítulos mais curtos, estou meio ocupada, tentarei voltar com tudo ❤️

𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗨𝗚𝗛𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗙 𝗗𝗥𝗔𝗚𝗢𝗡𝗦; 𝗁𝗈𝗎𝗌𝖾 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝖽𝗋𝖺𝗀𝗈𝗇𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora