𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗨𝗚𝗛𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗙 𝗗𝗥𝗔𝗚𝗢𝗡𝗦; 𝗁𝗈𝗎𝗌𝖾 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝖽𝗋𝖺𝗀𝗈𝗇𝗌

𝟎𝟕

Esse jantar em família está me deixando extremamente nervosa. Eles estão me atacando e me fazendo perguntas como se eu fosse puxar uma faca e matar Rhaenyra agora mesmo.

— Ela está falando a verdade. — diz Jace. Eu não entendo ele, ele me defende mas me esnoba como se eu fosse um rato. — Ela jurará lealdade a rainha, não é, rainha de Porto Real. — ele disse isso com uma raiva na voz.

— Isso, eu não estou planejando uma traição, apenas acho que Aegon é indigno do trono. — aquelas palavras fizeram eu ganhar a confiança de todos.

— Está decidido. Alyssa fica. — Rhaenyra fala.

— Obrigada, Vossa Graça. Eu só tenho um pedido a fazer.

— Você já está aqui, a rainha já lhe aceitou, e você quer fazer pedido? — diz Daemon com um deboche na fala.

— Diga, Alyssa.

— Quero buscar Meraxes em Porto Real. — todos fazem uma cara de surpresa com minha fala. — Se realmente houver uma guerra, Meraxes é maior que Vhagar, vocês estarão em vantagem, lutarei ao lado de vocês.

— E você sabe lutar? — diz Daemon novamente, só que dessa vez com uma risada sínica.

— Não duvide das minhas habilidades, tio. — era pra duvidar sim, e muito, eu não sei usar uma espada, mas isso seria algo que eu resolveria depois. — Mas enfim, me ajudem a buscar meu dragão e além de minha lealdade terão maior dragão vivo.

Tenho certeza que minha proposta foi tentadora, como eu disse, prefiro levar todos os meus irmãos e mãe a ruína do que continuar ao lado de Aegon.

— Eu aceito sua condição, princesa Alyssa, mas como fará para buscar?

— Deixe-me ir junto a princesa.

Aquilo saiu dele. Saiu de Jace. Eu não estava entendendo mais nada. Me esnobou desde o dia em que cheguei, para agora querer pegar meu dragão junto a mim.

— Isso é perigoso, principe Jacaerys. — diz Baela, só podia ser essa intrometida.

— Baela está certa. — concorda Rhaenyra.

— Me deixe ir com a princesa, tenho dívidas que preciso acertar com ela.

M e u  D e u s.

Será que seria amanhã que ele largaria Baela e viria atrás de mim?

— Já que você diz, filho, seja um homem que cumpra sua palavra. Amanhã Alyssa e Jacaerys buscaram Meraxes em Porto Real.

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O jantar finalmente tinha acabado, digo, não foi tão ruim assim, mas eles me deixaram tensa. Eram tantas perguntas e acusações que minha cabeça quase explodia. A minha única e verdadeira preocupação é Helaena, que está sozinha naquele fim de mundo, porque Alicent e Aemond é a mesma coisa que nada também. Estou sentindo falta é de Amara, que já teria feito meu banho relaxante com mel a horas.

Mas estava ansiosa em ir para Porto Real novamente amanhã, por dois óbvios motivos: Jace e voltar para o castelo.

Sinceramente, é uma ansiedade boa, estou com saudade do meu dragão e ficarei só com Jacaerys. Mas ao mesmo tempo a preocupação é maior, se Aegon ou qualquer soldado nos avistar nossos pescoços são descolados da cabeça.

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— Pronto, princesa. — diz uma das servas assim que me veste com a roupa de montaria. — Vossa rainha está te esperando com o príncipe.

— Obrigada.

Minha roupa já está posta em meu corpo, ela é protegida por aço por baixo, e meus cabelos estão presos em uma trança enorme, e muito bonita por sinal.

Saio do meu quarto e vou com os passos apressados até o foço de dragão do castelo de Rhaenyra, o palácio de Porto Real era maior, claro, mas aqui o espaço é bom também.

Chegando lá faço uma reverencia para minha irmã e para Jacaerys.

— Vossa Alteza.

— Ainda acho inacreditável você aqui, Alyssa.

— Eu gosto de surpreender.

O céu em Dragonstone é mais brilhante e estrelado, o céu está escuro, obvio, mas é um escuro diferente, é como se o céu fosse prateado.

— Cuidado, meu filho. — diz Rhaenyra dando um beijo na testa de Jace. — Tome cuidado você também.

— Vamos, princesa. — diz Jacaerys.

Nos dois subimos em Vermax, ou seja, o dragão dele, ele era bem menor que Meraxes, era até estranho. Meus braços envolvem sua cintura como forma de segurança.

— Já tem ideia como entraremos lá?

— Não.

Esse não é dito em forma de desespero, mas sem medo Jace comanda Vermax para subir, e começamos a voar.

— É muito longe daqui?

— Um pouco, mas logo chegaremos.

Pelo o que eu estava entrelaçada em Jace eu posso sentir uns músculos definido por baixo de toda aquela roupa, eu não consigo nem explicar essa sensação, minha barriga está um nó.

— Por que veio comigo?

— Porque você não teria seu dragão de volta, se não fosse eu, ninguém te ajudaria, princesa.

Nossa. Mas por outro lado ele está certo, mas ainda não consigo encontrar motivo. Seu dragão voava cada vez mais rápido pelos ares de Westeros, meus cabelos rebeldes que se encontram fora da trança não param de bater contra meu rosto.

— Estamos chegando, Alyssa. — ele não me chamou de Aly. — Segure que irei mais rápido.

Fiz o que ele mandou, por mais que fiquei com vontade de me soltar e cair dali mesmo.

Depois de um bom tempo voando, pousamos em uma caverna enorme, para conseguirmos esconder Vermax dos olhos do rei.

— Ajeite esse gorro. — diz Jace logo depois que descemos. — Assim verão seu rosto facilmente. — diz ele ajeitando meu capuz, enquanto coloca algumas mexas de meu cabelo para atrás da orelha.

Eu queria beija-ló.

— Vamos, vamos antes que percebam que estamos aqui. — digo antes dos meus pensamentos intrusivos tomarem conta de mim.