Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
O ódio que sobe pela minha garganta é incontrolável. Depois de tudo que rolou esses dias, depois do que aconteceu no corredor ele ainda teve a cara de pau de levar outra mulher pro quarto. Outra mulher barulhenta pra caralho.
E eu juro que tento me controlar, juro. Faço o possível e o impossível pra fechar os olhos, dormir e fingir que essa porra desse pesadelo não é real, mas é impossível quando a porcaria da cama fica batendo na mesma parede em que minha cama está. E tudo bem, eu podia só arrastar esse negócio imenso de um lado ao outro do quarto, mas escolho levantar num ímpeto imenso de raiva, cruzar todo o espaço e... Invadir a porra do quarto dele. Enquanto tem uma mulher em cima ali.
O barulho do trinco praticamente quebrando estronda no ambiente e ele pula. Completamente pelado e com as mãos escondendo o que quer que tenha ali por baixo.
A cena me faz rir. As lágrimas rolam pela minha bochecha enquanto o ódio modifica esse rosto sacana.
—Você tá ficando maluca, porra? Sai daqui.
—Que porra...? — A garota, que é muito linda por sinal, tenta se cobrir com o forro da cama. — Que merda é essa?
—Bárbara eu acho melhor você sumir da porra da minha frente. Agora — Ele ameaça.
Mas como leva a sério alguém que tá escondendo o pau com as mãos? Como? Não consigo. Uma risada explode em meu peito e eu aponto para as mãos dele.
—Tá com a mão aí porque? Tem nem nada pra esconder — Debochei subindo os olhos para encará-lo.
—Ah, é? Tá bom — Falou me mostrando um sorriso lascivo também e... Tirando as mãos dali.
QUE VONTADE DE GRITAR!
Só tenho tempo de virar e escutar a risada grossa dele.
—Fala sério. Ter que escutar sua cama batendo na porra da minha parede já é pesadelo suficiente, não quero ver esse Salamitos que você carrega aí. Nojento — Passei a mão no rosto.