Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
Queria mesmo estar conseguindo prestar atenção em tudo que a moça tá falando, mas tudo que me lembro é que se chama Karoline e não é do Rio, acabou de se mudar ou algo assim. De resto só consigo pensar:
Vou matar ele, vou matar ele, vou matar ele, vou matar ele e fazer churrasco depois.
—Então pedi pra ele perguntar no CT e o Gabi indicou — Ela continua dizendo.
—Oi? — Finalmente acordei do transe — Desculpe, não entendi direito. Quem indicou?
—Seu marido, bicha — A moça abre um sorriso enorme e pousa as duas mãos sobre o colo.
MEUUUU MARIDOOOOOOO?
Isso daqui sim é um daqueles pesadelos que eu ficaria presa pra sempre. É tipo aqueles que as crianças tinham atingamente sendo perseguida pelo fofão ou coisa do tipo, só que meu fofão é ele.
—O Gabriel? — Minha cabeça latejou, uma dor começando a se insinuar sobre minhas pálpebras.
“Alguém decidiu que valia a pena planejar um casamento naquela espelunca?”
Ele já sabia. Pilantra. Pilantra. Pilantra.
—É — A moça me mostra mais um sorriso — Meu namorado trabalha com ele.
—Ah, é? Bacana — Tentei sorrir também, mas no fundo tô pensando no que ele falou mais cedo.
“Deviam avisar essa pobre coitada que a dona do lugar não consegue planejar nem o próprio casamento, imagina o dos outros”
ÓDIO. MUITO ÓDIO.
Ele INDICOU a MINHA empresa pra alguém, não me contou e depois ficou debochando da situação. Se isso não é mais uma dessas vinganças eu não sei o que é.