Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
Consegui encontrar os portfólios, mas não consegui me livrar de ter que pegar uma carona com o maridinho dissimulado. Pra completar... Os três velhos estão nos seguindo num Civic alugado logo atrás. Fala sério. Eles não tem nada mais interessante pra fazer não? Tirar foto no Parque Lage, conhecer o Cristo Redentor, levar capote de ambulante em Copacabana... Tanta coisa bacana pra fazer no Rio.
—O que você tá fazendo? — Ele empurra minha mão quando tento alcançar o botão pra abrir a janela.
—Tá quente, vou abrir a janela. Sai daí — Empurrei a mão dele de volta.
—Vou ligar o ar condicionado então não precisa abrir as janelas — Empurra minha mão mais uma vez — Por falar nisso, cadê aquela aberração que você tava usando em Vegas quando acordamos?
—Ahn? — Esperei ele virar o rosto pra ir lá e... Apertar o botão da janela.
—Porra, garota. Você me estressa — Ele aperta o botão e faz o vidro subir de volta.
—Você me estressa. Qual o problema de me deixar abrir a janela?! — Enfiei o indicador no botão de novo.
—Não toca desse jeito no meu carro! Ogra — Faz questão de empurrar minha mão de novo. Soltei uma gargalhada — E tô falando do anel. Um dos fiscais perguntou porque não usamos aliança e precisei inventar que tinham ficado folgadas e mandei apertar.
—Joguei fora — Dei de ombros.
—Como é? — Ele virou o rosto rapidamente pra me encarar antes de ter que voltar a atenção ao trânsito.
—Ué — Soltei mais uma risada — Precisei tirar aquela merda com detergente e era realmente tenebrosa, joguei fora.
—Como assim jogou fora a porra da aliança de casamento?