𝚀𝚄𝙰𝙳𝚁𝙰𝙶𝙴𝚂𝙸𝙼𝙾 𝙾𝙸𝚃𝙰𝚅𝙾

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——— 🎰🪄P.O.V. : BÁRBARA DINIZ
🎲 ~× 𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐉𝐀𝐍𝐄𝐈𝐑𝐎, 𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋 ———
⏳QUATRO DIAS DEPOIS⏳

Meus dentes rangem enquanto eu ando de um lado para o outro do escritório/quarto tentando encontrar as chaves da Casa Dois.

Vovó tá me julgando horrores parada na porta. Sabia que não seria uma boa ideia fazer ela voltar à ativa, mas pelo menos agora eu tenho ela além de ter a Duda. O tempo todo. Ela cuida melhor da Casa Dois do que eu e as coisas parecem muito melhores financeiramente.

Quem não tá bem sou eu, que vivo perdendo as coisas e só não perco a cabeça também porque é grudada no pescoço.

—Porque você não para e respira um pouco? — Ela pergunta.

Porque não posso. Se eu parar pra qualquer coisa, vou voltar a chorar e me afundar mais um pouco. E se isso acontecer não vou conseguir fazer o que preciso fazer. Eu preciso. Preciso. Não é?

—Tenho certeza que tinha deixado essa merda aqui — Joguei a almofada longe, remexendo no forro de cama improvisado.

Minha cabeça tá doendo e eu tô fingindo que não foi porque chorei a manhã inteira dentro do banheiro, me escondendo da vovó, falando pra Duda que tava tudo bem.

—Bárbara.

Era dia de assinar o divórcio. Quatro dias depois daquela conversa no casamento da Karol. Um dia atrasado porque eu fiz o advogado mudar tudo na papelada.

Ele queria que eu ficasse com a casa no Rio e abriu mão da quantidade que tinha direito de ter da Casa Dois. Admito que fiz muita coisa errada nessa relação, mas tentar ganhar dinheiro não foi uma delas. Só fui pra casa dele porque não queria voltar a morar com meu pai, nunca pedi dinheiro, mesmo que estivesse precisando. Não quero ter nada que eu realmente não mereça, é exatamente por esse motivo que estou indo assinar o divórcio, inclusive.

𝐀𝐓𝐄 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐔 𝐓𝐄 𝐌𝐀𝐓𝐄 𝐄 𝐍𝐎𝐒 𝐒𝐄𝐏𝐀𝐑𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora