Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
—Que porra foi que aconteceu? — O Tio da família Addams desce as escadas e segue direto pra cozinha, dando de cara comigo terminando de fazer um curativo muito feio com band-aid no mindinho cortado.
—Não foi nada. Acabei quebrando um copo no bar — Revirei os olhos. Agora que o sangue parou de fever fico me perguntando:
O QUE É QUE EU TAVA PENSANDO, CARALHO?
Como diabos eu consegui passar de alguém com muito ódio e pronta pra discutir pra alguém que passa as pernas por seu tronco e retribui um puta de um beijo?! Meu Deus do céu, isso daqui só piora.
—Tá todo mundo vivo ou vou ter que mentir um álibi no tribunal? — Ele solta uma risada e puxa uma cadeira à minha frente — Que horror que tá isso aqui, Bárbara. Deixa eu fazer.
—Infelizmente eu ainda não consegui colocar meu plano maligno em prática então fica de boa que seu queridinho tá bem vivo — Lhe mostrei um sorrisinho. Ele gargalhou de volta, achando tudo isso muito engraçado.
Mas cara... Isso é tudo, menos engraçado.
Não tô me entendendo. Eu odeio ele, não odeio? Então porque aquilo aconteceu? Que merda. Agora eu preciso dividir a cama com ele sem fazer ideia de como sequer olhar pra cara do meliante.
E que merda também. Sei que Fábio percebeu que tô com a camisa dele e é tão óbvio o que realmente estava acontecendo que minhas bochechas esquentam.
—Vocês dois são muita onda, já falei né? — Ele continua rindo enquanto arruma o curativo todo cágado que fiz — Acho que se conversar não resolve...
Olha só!
Parece que era exatamente isso que estávamos fazendo antes do fiscal chegar e graças a Deus que chegou. Imagina... Só imagina... Se ninguém tivesse atrapalhado... A essa hora... Um arrepio sobe pela minha coluna e Fabinho percebe.