Consequences

05.

Oii gente  como está tudo? espero que gostem de mais um capitulo, agradeço a todas que votaram na história, ou indicaram a alguém! ♥  ótima leitura!

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10:00 A.M. – Naval Medical Center – San Diego, CA, Estados Unidos – 2016

O trajeto foi rápido e, ao chegar à base, fui recebida com o caloroso apoio da equipe médica local. Enquanto ajustava os últimos detalhes, uma batida na porta interrompeu meus pensamentos.

— Dra. Cabello? — uma voz firme chamou.

Levantei o olhar e me deparei com a imponente figura da Tenente-Coronel Jauregui na entrada. Meus olhos arregalaram involuntariamente ao vê-la. A beleza serena de Lauren, combinada com sua presença forte e decidida, me deixou momentaneamente atordoada.

— Sim, sou eu. Entre, por favor — respondi, tentando recuperar a compostura.

Ela adentrou a sala e fechou a porta suavemente atrás de si, movendo-se com uma graça que contrastava com sua forte presença militar. Ao sentar-se diante de mim, nossos olhares se encontraram por um instante, e eu senti uma conexão imediata.

— Tenente-Coronel Jauregui, é uma honra conhecê-la. Recebi um pedido especial do General Hansen para dar atenção especial a você. Como posso ajudar?

Ela respirou fundo, seus olhos verdes estudando-me com intensidade.

— Não preciso de ajuda, Dra. Cabello. Estou aqui apenas porque foi pedido — disse Lauren, sua voz firme, mas com um leve tremor de incerteza.

Assenti, compreendendo sua postura defensiva. Era evidente que Lauren estava acostumada a enfrentar desafios sozinha, sem admitir fraquezas ou pedir suporte emocional. Respeitando sua reserva, decidi abordar a situação com delicadeza.

— Entendo. Estou aqui para oferecer o suporte que você precisar, dentro dos seus termos — respondi, tentando transmitir minha disposição de ajudar sem forçar barreiras emocionais.

Ela assentiu, seu olhar agora distante, como se estivesse lutando internamente com seus próprios sentimentos. Era claro que Lauren carregava um fardo pesado, um peso que não se limitava apenas às suas experiências de combate, mas também às suas próprias expectativas sobre si mesma.

— Dra. Cabello, eu não quero ser um problema para você. Minha vida é lidar com missões, não com consultas psicológicas — disse ela, sua voz carregada de frustração e um traço de desesperança.

Senti o peso de suas palavras, mas não desisti.

— Compreendo, Lauren. Pode me chamar de Camila, em todo caso aqui, nesta sala, não estamos falando de missões. Estamos falando da sua vida como um todo, incluindo as partes que não são visíveis aos outros. Você não precisa enfrentar isso sozinha — respondi com calma, mantendo meu olhar fixo no dela.

Ela desviou o olhar por um momento, como se estivesse lutando consigo mesma. Era difícil para ela admitir que precisava de ajuda, especialmente quando estava acostumada a ser a pedra forte para os outros ao seu redor.

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Ao adentrar o consultório, Lauren sentiu uma mistura de desconforto e familiaridade. Seus olhos verdes percorreram o ambiente, captando cada detalhe da sala bem iluminada e organizada. Ela se deteve por um momento ao ver Camila, cuja presença emanava uma serenidade acolhedora. Havia algo na forma como Camila a olhava, com olhos cheios de compreensão, que fez Lauren se sentir exposta de uma maneira que ela não estava acostumada.