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Oiie gente, todos bem? um capitulo de leve pra animar a semana, o que estão achando dos capítulos? dos personagens? vamos lá, let's talk!

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Camila estava em seu escritório no hospital, revisando os relatórios dos pacientes e organizando as anotações da equipe médica. Ela sentiu um nó no estômago enquanto lia as atualizações sobre o progresso de Lauren. Os últimos dias tinham sido emocionalmente desgastantes, não apenas para Lauren, mas também para ela. Camila sempre se orgulhara de sua capacidade de manter uma postura profissional, de não deixar que suas emoções interferissem em seu trabalho. Mas com Lauren, as coisas pareciam diferentes. O toque suave de Lauren em seu rosto ainda a assombrava, um momento de intimidade que ela sabia que não deveria ter acontecido.

Ela respirou fundo e voltou sua atenção para o próximo relatório. Como médica, sabia que a saúde mental de Lauren era frágil, especialmente após o episódio de pânico e o luto pela perda de seu amigo Miller. Camila sabia que precisava ser uma âncora de estabilidade para Lauren, mas ao mesmo tempo, ela sentia uma crescente necessidade de proteger suas próprias emoções.

Enquanto lia as anotações da última sessão de terapia, onde Lauren falou sobre suas lutas internas, Camila se perguntou se havia uma maneira de ajudar Lauren sem se envolver emocionalmente demais. Ela decidiu que a melhor abordagem seria envolver outros membros da equipe mais diretamente no cuidado de Lauren, garantindo que a paciente recebesse um apoio diversificado e imparcial.

No entanto, a decisão não foi fácil. Camila sabia que isso significava se afastar um pouco mais de Lauren, mesmo que indiretamente. Ela chamou uma reunião da equipe para discutir o plano de cuidados de Lauren e sugeriu que outros médicos e terapeutas assumissem um papel mais ativo. Durante a reunião, ela explicou sua preocupação com o desenvolvimento de uma dependência emocional por parte de Lauren.

Acho importante que fiquemos atentos à dinâmica entre paciente e profissional — começou Camila, com uma voz calma, mas firme. — No caso de Lauren, há uma tendência crescente de ela se apegar emocionalmente a mim, o que é compreensível dado o contexto. No entanto, precisamos garantir que ela receba apoio de uma rede de profissionais, e não de uma única pessoa. Isso é crucial para sua recuperação e para o nosso compromisso com o tratamento objetivo e ético.

A equipe concordou com Camila, reconhecendo a sensibilidade da situação. Ficou decidido que o Dr. Watson, um psicólogo especializado em traumas, e a enfermeira Alexa, que tinha uma abordagem empática e compreensiva, assumiriam um papel mais proeminente no cuidado de Lauren. Camila se sentiria mais confortável mantendo uma supervisão geral e dando suporte quando necessário, mas sem estar tão diretamente envolvida.

Depois da reunião, Camila sentiu uma mistura de alívio e tristeza. Ela sabia que tinha tomado a decisão certa, mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Ao sair do escritório, ela decidiu visitar Lauren para informá-la sobre as mudanças.

Chegando ao quarto de Lauren, ela encontrou a paciente olhando pela janela, com uma expressão distante e pensativa. Camila bateu levemente na porta antes de entrar, um gesto que parecia formal, mas necessário.

Olá, Lauren. Podemos conversar um pouco? — perguntou Camila, com um sorriso gentil.

Lauren virou-se para ela, com uma expressão de surpresa e um leve sorriso.

Claro, Camila. Entre, por favor.

Camila fechou a porta atrás de si e se aproximou da cama de Lauren, puxando uma cadeira para sentar-se. Havia uma tensão palpável no ar, uma sensação de algo não dito que pairava entre elas.

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