"Quando o amor se transforma em prisão, a fuga é a única saída.
Lee Felix, um jovem pai consumido pela desesperança, se encontra aprisionado em um relacionamento tóxico com um marido obsessivo, onde cada dia é uma batalha silenciosa. A luz em sua vi...
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LEE FELIX
Ao mesmo tempo que observava Felicity, minha pequena bebê de oito meses, uma onda de desespero tomou conta de mim. Seu olhar debilitado e a recusa em se alimentar me consumiam. Meu leite, sua fonte de conforto, agora era rejeitado. Uma sensação de culpa e dúvida me assolava: Será que as constantes brigas em casa estavam afetando minha nenê? Dizem que os pequenos estão sintonizados com as energias ao seu redor... ou era a tensão que estava se tornando tóxica para ela?
Às 23h, a noite negra envolvia nossa casa. Felicity, ainda chorosa, dependia de mim para encontrar consolo. A solidão era um refúgio, graças à ausência de Hyunki. Sua falta era um alívio temporário, permitindo-me cuidar dela sem o peso das tensões domésticas e das feridas de um relacionamento abusivo.
Nesse meio tempo que a segurava, observei que ela tossia incessantemente. Seu estado era desesperador: olhos fechados, respiração ofegante. O pânico sufocou meu coração. Mas uma cruel realidade me impedia de agir: o carro havia sido levado pelo idiota do meu marido, nos deixando isolados, sem transporte e aterrorizados. Agora, como posso salvar minha pequena se isso se agravar?
Enquanto minha filhinha recusava o meu leito, ainda continuava tossindo sem parar, corri para a cozinha em busca de alívio. Preparei um chá de camomila, coloquei-o na chuquinha e ofereci aos pouquinhos, com bastante cuidado. Ela sorveu lentamente, trazendo um pouco de calmaria. Confortei-a acariciando seus cabelos com carinho, sussurrando palavras suaves.
No entanto, a febre alta persistia, deixando-a irritada. O isolamento opressivo dessa casa, sem telefone, me sufocava. Raiva e frustração contra aquele que nos deixa à mercê cresciam a cada minuto.
Desesperado, segurei minha pequena junto ao peito, sentindo uma tormenta emocional: medo de perdê-la, angústia por não saber aliviar seu sofrimento e revolta por estarmos sem nenhum recurso.
