"Quando o amor se torna uma prisão, a fuga é a única saída."
Felix, um jovem pai, está preso em um relacionamento tóxico com um marido obsessivo. Sua única luz é sua filhinha de oito meses Felicity. Mas quando a violência alcançar um ponto crítico...
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Hyunjin repousava em seu quarto, cercado por paredes de um branco cristalino que irradiavam serenidade. Deitado na cama, com a cabeça apoiada nos braços e as pernas cruzadas, ele se deixava fascinar pelos movimentos lentos do ventilador de teto, cujas lâminas giravam como um carrossel sonhador.
A janela fechada filtrava um raio de luz difusa, revelando um céu nebuloso lá fora, uma fronteira sutil entre o mundo exterior e o refúgio íntimo do quarto. O silêncio era quase palpável, envolvendo-o em uma atmosfera de paz.
Seus pensamentos estavam enredados em uma teia de confusão e curiosidade, um labirinto sem saída. O rosto de Felix persistia em sua mente, uma imagem que o fazia questionar o porquê de seu crescente apego a alguém que mal conhecia. Qual era o segredo por trás da conexão instantânea com aquele garoto frágil, cujos olhos vulneráveis o tocavam profundamente?
A lembrança dos olhos castanhos do garoto de sardas e da sua pele alabastrina fazia seu coração palpitar, como se seu próprio destino estivesse ligado ao destino daquele pequeno. Hyunjin sentia-se irresistivelmente atraído por ele, como uma mariposa em direção à chama.
Enquanto sonhava, seus devaneios foram interrompidos por leves batidas, como gotas de chuva em um vidro frio. Ele ergueu a cabeça, e seus olhos se direcionaram automaticamente para a porta, com uma mistura de curiosidade e expectativa.
- Hyunjin? - A voz grave, mas suave de Felix envolveu o quarto como um abraço quente em uma noite fria.
Hyunjin sentiu seu coração acelerar, como se um raio o tivesse atingido, e sua pele formigar com uma sensação de antecipação. Seu pulso latejava visivelmente na veia do pescoço.
- Pode entrar - disse ele, com uma voz controlada, mas incapaz de ocultar completamente o tremor que lhe percorria a garganta.
Seus lábios tremiam, revelando a tensão que lutava para dominar, enquanto suas pupilas dilatadas brilhavam como esmeraldas na penumbra. Inesperadamente seus dedos se entrelaçaram em um ritmo nervoso, um gesto involuntário que traía sua calma aparente.
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