Capítulo 09.

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E ai lobinhos cês tão bão? Espero que sim, como prometido, mais um capítulo gostosinho de SAVAGE.

ESPERO QUE VOCES ESTEJAM GOSTANDO DA OBRAAAAA ❤️‍🩹

XOXO MALU.





Eu encarava a janela observando a neve cair, tão fina e delicada, porém poderosa quando acumulada.

Uma força da natureza que não poderia ser contida, apenas poderíamos conviver com ela.

Há coisas na vida que não podemos mudar ou lutar contra, apenas nos adaptar a elas, seríamos nós apenas sobreviventes?

O viver era isso? Contornar as adversidades para apenas existir?

ㅡ Uma moeda por seus pensamentos? ㅡ Disse Jimin que logo rodeou os braços em minha cintura.

Encarei por cima de meu ombro, seu rosto curioso.

ㅡ Teremos soldados novos no front, meu pai fez questão que cada um deles fosse órfão, estrangeiro ou qualquer outro que ele decida que não é digno de estar vivo.ㅡ O meu desabafo fez Jimin vir para minha frente, sua mão em meu rosto.

ㅡ Mas eles estarão sob o seu comando, e eu tenho toda a certeza de que ficarão bons o suficiente para enfrentar o que aparecer.ㅡ Falou sorrindo ao fim.

ㅡ Eu espero que eu seja o suficiente, pois não é fácil ocupar a linha de frente, nossa fronteira é muito grande e o frio não tem auxiliado em nada, é quase uma sentença de morte ou no mínimo um castigo. ㅡ Eu seguro a mão de Jimin contra meu rosto, sinto alívio em poder falar com alguém sobre tudo que ronda minha mente.

Ele não precisou falar nada naquele momento, apenas se aproximou e deixou um suave beijo em meus lábios, como se quisesse me confortar para mostrar que estava ali.

Meu coração desacelerou, e a tormenta em minha mente diminuiu, esse era o efeito dele em mim.

ㅡ Pode me acalmar assim, para sempre? ㅡ Perguntei ainda pairando sob seus lábios.

ㅡ É uma missão difícil, porém vou ser eficiente senhor capitão Jeon. ㅡ O tom malicioso faz com que minha pele se arrepie, eu apertei minhas mãos em sua cintura, ele suspirou pesadamente, pois ele entendeu o quanto pode me afetar, mas também é afetado por mim.

Ele voltou a me beijar, porém, abriu sua boca para que pudéssemos ir além, suas mãos foram para minha nuca, segurou com força meus cabelos, seu corpo pressionou contra o meu e eu podia sentir a excitação em nós, acumulando como lava, a cada vez que o beijo se aprofundava nossos corpos começavam a se fundir, nossos cheiros se tornavam um só, e nossas mãos mapearam todos os lugares que podiam alcançar.

Agarrei a bunda de Jimin sem conseguir exitar, minhas mãos apertaram a carne farta com desejo e ânsia, ele não se assustou, apenas gemeu contra minha boca, mordeu meu lábio e aproximou ainda mais sua cintura da minha, ele estava ficando duro, assim como eu.

ㅡ Por todos os deuses, se continuar assim querido, eu vou arrancar suas roupas e te fazer meu aqui e agora.ㅡ Eu pronunciei com dificuldade, tentando acalmar toda minha excitação.

Meu delicioso diabinho riu, olhou para mim com desejo resplandecendo em suas íris.

ㅡ Se não estivéssemos na casa de nossos amigos, eu aceitaria. ㅡ Ele respondeu como se fosse algo tão natural.

Mas eu senti todo meu interior se revirar, um desejo mais forte que minhas convicções quase se apossou de mim, mas um pigarro chamou nossa atenção, na porta Hoseok nos encarava com um sorriso sacana.

ㅡ Podemos ver claramente que vocês tem se dado muito bem, uma química sem igual meus caros amigos, mas agora é hora da sobremesa, e não podem trocar por comer um ao outro.

Um pouco sem graças nós encaramos, mas seguimos nosso amigo para a sala de jantar, Yoongi e Tae estavam rindo, mas não comentaram nada, talvez por verem que Jimin tinha as bochechas vermelhas de vergonha, eu os agradeci mentalmente por isso.

Nos sentamos à mesa para aproveitar o brownie feito por Tae e logo estávamos conversando sobre outras coisas, mesmo que meu subconsciente ainda desejasse estar beijando os lábios de meu ômega e decifrando os mistérios que sua roupa escondia, eu apenas respirei fundo.

Eu poderia esperar um pouco mais, agora que sei que nosso desejo não só era mútuo, mas também ardente e ansioso, eu estava disposto a apreciar cada segundo.

Em nossa casa, nossa privacidade, eu o faria meu.

No campo de treinamento eu encarava o soldado Lee, ele se destacava dentre os outros pela altura, mas também pela eficiência em seus movimentos, sempre à frente, disposto, mais ágil e mais forte.

Assim que o apito soou e todos deixaram o centro ele permaneceu, se abaixou e começou uma série de flexões.

Eu deixei o posto e fui até ele, ao me ver me aproximar ele prontamente levantou e fez a continência.

ㅡ O que está fazendo soldado? O treino de hoje acabou, vá para seu descanso.ㅡ Eu dei a ordem, mas ele pareceu exitar.

ㅡ Eu desejo treinar um pouco mais capitão.ㅡ Argumentou.

ㅡ Por quê? O treino de hoje foi severo o suficiente, você deve descansar, não há corpo que aguente tantas horas de esforço contínuo, Lee. ㅡ Eu estava praticante o obrigando a parar.

ㅡ Eu devo aguentar senhor, estaremos na fronteira, eu preciso ser melhor fisicamente senhor, eu realmente preciso ser o melhor. ㅡ Ele desviou o olhar ao responder.

ㅡ O melhor? Tudo isso é seu ego soldado? ㅡ Questionei.

Seu olhar se voltou ao meu rosto, e carregava ofensa, em seu rosto havia mágoa.

ㅡ Não, não é ego senhor, eu apenas quero ser digno! ㅡ Vociferou.

ㅡ Digno de quê, Lee? ㅡ Eu indaguei.

ㅡ Digno de viver aqui, digno de ser chamado de soldado, senhor, eu não desejo andar com a cabeça baixa, eu não quero que tenham pena de mim, senhor, eu quero que tenham orgulho.

Eu tinha muito a dizer àquele garoto, queria explicar a ele que já o via com orgulho apenas por estar ali, sendo resistente a tudo.

Tantas palavras que não saíram de minha boca.

Mas meu corpo reagiu, eu fui em frente e envolvi Taemin em um abraço, ele exitou por alguns instantes, mas logo devolveu, eu senti seu corpo soluçar, ele estava chorando, como o garotinho que era.

E eu também.

ㅡ Eu me orgulho de você, Lee… Eu vou ajudar no seu plano de ser o melhor, eu serei seu aliado. ㅡ Eu respondi finalmente.

No fim, eu não era diferente desse garoto, estávamos tentando nosso melhor, sem saber ao certo se era isso que precisávamos, mas tínhamos agora uma convicção em comum, mostrar ao povo da alcateia que todos merecem um lugar.

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