Seconds [EM ANDAMENTO]

CAPÍTULO 6 | PASSANDO MAL

Me acordo com a luz iluminando meu rosto e todo meu quarto. Me lembro que esqueci de puxar a cortina assim que Alec saiu, pois capotei. Acordei de madrugada em torno das 3 da manhã com Liz ainda em meus braços. Fiquei com receio de a tirar e ela abrir o berreiro no meio da madrugada, mas ela como a bela princesa que é, foi muito comportada e nem abrir os olhos abriu.

Desloco meu olhar para o lugar que a coloquei, fiz um berço improvisado e temporário com lençois e algumas almofadas que ficam na minha cama. Minha irmã merece tudo de bom e do melhor, nosso pai vai pagar caro pela verdade que ocultou por tanto tempo. 

A pequena Liz não tinha se movido desde do momento que a coloquei lá, se ela for calma assim sempre vou me dar muito bem, mas tenho a impressão que quando ela acordar...

No momento em que penso, ela abre os olhinhos e começa a percorrer o olhos pelo teto, ela abre a boca e eu logo desperto e me aproximo dela.

— Liz! Eu tô aqui pequena. Você não tá sozinha. - eu coloco meu dedo perto da mãozinha dela e ela o captura o levando automaticamente até a boca. Ok entendi, recado recebido. Fome chegando.

— Você é esperta, vai colocar fogo nessa casa não é?! - eu falo brincando e rindo enquanto ela balança meu dedo de um lado pro outro como um chocalho, essa menina é mesmo recém-nascida?!

Três batidas seguidas na porta, já sei que é Clara, a gente combinou essas três batidas para eu saber que é ela que bate na porta do meu quarto e isso acontece toda manhã, quando meu pai desce para tomar café. A oportunidade perfeita para fazer: A cena.

— Gaby, seu pai tá na mesa. - Clara, a empregada avisa. Se bem que ela é mais membro da família do que empregada para mim.

— Tudo bem Clara, eu já vou descer. - eu aviso.

Ela só não sabe que um pacotinho vai comigo fazer uma surpresa pro papai. Uma bela surpresa bem no dia do jantar emboscado que ele montou para mim.
Meu celular vibra com uma notificação.

Playboyzinho:
Tá viva? Sobreviveu a noite?

Eu:
Engraçadinho.

Playboyzinho:
Comprei a chupeta da Liz.
Mas não posso te entregar agora, não é?! Seu pai colocaria minha cabeça no meio de uma mesa para um banquete.

Eu:
Não precisava ter feito isso. De verdade. Meu pai tem que arcar com as despesas dele, mesmo sendo aparentemente um babaca.

Playboyzinho:
Relaxa. Vai ser o máximo dizer que a primeira chupeta que a Liz ganhou foi do titio Alec!

Eu sorrio olhando para o celular e fecho a cara imediatamente. Liz me encara.

— Você não viu o que pensa que viu, me entendeu? - eu pergunto.