CAPÍTULO 04/ Memórias Com Helena.

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GREGO

Depois de me virar muito na cama eu consigo pegar um cochilo. Mesmo assim, às 09:00 já de pé. Vou para a academia que tem dentro da minha casa mesmo e malho um pouco. Depois, volto para o quarto onde tomo um banho gelado e visto uma roupa qualquer. Arrumo algumas correntes em meu pescoço e no meio delas permanece a gargantilha misteriosa. A seguro e beijo a cruz.

Coloco um boné, pego as chaves da moto e saio de casa pro QG.

Não demora muito e eu já estou de frente para o mesmo, onde alguns soldados faziam a segurança, meu braço direito dói um pouco por causa do esforço mais nada que dê para morrer.

_Bom dia rapaziada. -cumprimento tirando os óculos escuros.

_Bom dia chefe! -eles dizem juntos.

_O Tito já chegou fumaça?

_Não Grego, o boy deve tá dormindo ainda, sabe como é né. -ri maliciosamente.

_Sei como é, deve ter fodido a noite toda aí na hora de trabalhar, o bonito coloca desculpinha. Não tem problema, vou dar uma folguinha para ele, porque ultimamente ele tem trabalhado mais do que eu. -digo entrando na minha sala e sentando na minha cadeira.

_Desculpa aí Grego, acabei dormindo demais. -o Tito entra na sala do nada me assustando, o que me faz saltar da cadeira com minha arma na mão.

_Não precisa se explicar, você tem trabalhado demais ultimamente. -guardo a pistola no coldre novamente.

_Eu faço apenas o meu dever Grego.

_Falando em dever... -me sento em minha cadeira confortavelmente.

_Nossa, quem eu tenho que matar? -murmura revirando os olhos.

_Eu quero que você descubra o nome, endereço, idade, estado civil, enfim eu quero que você descubra tudo sobre o ruivinho que estava comigo ontem no Planalto.

_Eu não sei se isso é uma boa ideia Deni, tem certeza que quer que eu faça isso? Você sabe o que aconteceu a ultima vez que demostrou esse tipo de interesse por alguém.

_Eu sei o que tô fazendo, não preciso de babá Thiago. -bufo.

_Não, você não sabe! -ele falava bravo.

_Eu sei Tito, pelo amor de Deus, eu preciso saber quem ele é. -bato na mesa.

_Você mais uma vez está agindo com o coração e você sabe o que aconteceu da última vez. -caminha pelo espaço amplo da minha sala.

_Não vai acontecer de novo, até porque eu não estou agindo com o coração.

_Tem certeza? Por que está tatuado no meio da sua testa que você tem interesse no guri, e ele é apenas isso, um guri.

_Eu sei o que estou fazendo. -bufo revirando os olhos.

_Depois não diga que eu avisei! Porque a Helena ainda está bem viva na minha memória, não quero que haja uma nova Helena, já tem sangue demais em nossas mãos e memórias.

_Para mano! -grito. _Eu não quero me lembrar do que aconteceu, você não acha que o peso já não é grande demais nos meus ombros não? Eu não pude fazer nada para salvá-la. -sinto aquela velha dorzinha chata que sempre me atazana quando lembro da Helena.

_Eu sei que você não teve culpa, mas tudo isso é a prova viva que agir usando o coração é roubada, entenda Daniel, não há nada na sua vida espaço para essas coisas por que você anula qualquer esperança que possa haver. Você mesmo se destrói. Helena foi a vítima naquela vez, eu não vou deixar o ruivinho ser a nova Helena.

O PRÍNCIPE DO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora