CAPÍTULO 07/ Invasão

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*ALEXANDRE

Caminhamos rápidos pelas vielas estreitas até chegar à quadra. E assim como no último dia o local estava uma zona.

No som alto toca troféu do Ano-Jerry Smith.

"--parabéns novinha tu ganhou o troféu do ano!-- cantamos dançando até o chão.

--pra mim você é a número um!

_Ei rapaz, que negocio é esse aqui? -o Tito chega tentando botar moral.

_Nós estamos dançando, está cego? -digo e ele sorri revirando os olhos.

_Calma ai patroa! -ele abraça minha amiga pela cintura.

_Vou procurar outro lugar já que você resolveu roubar minha amiga.

__Ruivinho, ele mandou dizer que está lá no planalto.

_Ele quem? -me finjo de sonso.

_O Grego, quem mais poderia ser?

***quebra de tempo***

Subo pela trilha de grama verde com passos lentos. O Grego esta de costas, seus músculos das costas tensionados. Ele segura a grade de proteção enquanto olha para o céu distraído.

_Olhando Vénus de novo? -digo baixo, fazendo com que ele me olhasse e desse aquele sorriso arrasador.

_Nunca me canso de olhar pra ela, assim como não me canso de olhar pra você. -fico ao seu lado só que de costas para o céu.

_Onde está sua família, sua verdadeira família, Grego? -pergunto, pois, a curiosidade está me matando.

_Roma. -ele diz apenas isso e olha perdido para o nada como se tivesse lembrado de alguma coisa.

_A quanto tempo você não vê eles?

_8 anos. Muito tempo na verdade.

_Tempo demais para passar longe de alguém que se ama. -eu completo e ele assente. _Eles sabem?

_De que? -estreita as sobrancelhas.

_Que você é o chefe do morro do alemão?

_Não. Não quero que eles saibam. Podemos mudar de assunto, por favor? -ele pergunta e eu assinto.

_Claro. -ficamos em silencio por um tempo até que ele fala:

_Desde que rolou nosso primeiro beijo eu não consigo te tirar da minha cabeça. Sorrio discretamente.

_Quantas vezes vou ter que falar que esse seu papinho não cola comigo? -pergunto cruzando os braços e erguendo as sobrancelhas.

Ele gargalha.

_Não é papinho. Você sabe que não é. -sua voz é fria, o que me causa calafrios.

_Ultimamente eu não sei de mais nada. -suspiro.

_Sim, você sabe. -ele se aproxima de mim colocando nossos corpos. _Você sabe que se fosse só um brinquedinho pra mim eu já teria comido e caído fora. -suas mãos vão para minha cintura possessivamente. _Mais sabe porque eu não fiz isso?

_Você não fez isso por que eu não sou a porra de um brinquedo. -eu nego com a cabeça, me perguntando por que diabos ainda estou aqui despois desse comentário machista.

_Eu não fiz isso porque você é meu! Desde o momento em que eu te vi, eu sabia que você seria meu.

Se um dia eu tive pernas eu não sei, pois as mesmas estão parecendo que são feitas de gelatina.

_eu não sou de ninguém. -digo firme. _Muito menos seu.

_Você é MEU! Você não vai ter outro ou outra a não ser eu, ninguém vai te tocar, ninguém vai te beijar, ninguém vai enfiar pau nesse cuzinho além de mim! Você é meu Alex, não tem pra onde correr. -a última parte é dita de forma de sussurro no pé do ouvido.

O PRÍNCIPE DO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora