𝟬𝟮| O assustado.

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Meus quadris batiam forte e ritmadamente contra as fartas nádegas de meu marido, os gemidos que saíam de sua boca eram como melodia para meus ouvidos. Eu adorava isso. Não media minha intensidade, ia rápido e com força, apreciando o encaixe de minhas mãos em sua cintura estreita.

O encaixe perfeito.

Assim como nossos lábios, mãos e pernas.

Alma.

Éramos compatíveis, não tinha quem dissesse o contrário.

Ataquei seus lábios cheios e doces ao virar seu corpo de frente para o meu, continuando a foder com vigor enquanto o meu aperto em suas curvas mantinha-o no lugar. Com ele eu alcançava o céu e o inferno ao mesmo instante, meu homem era o êxtase que tomava o ar de meus pulmões de forma benéfica. Extraordinário.

A noite prosseguiu com o atrito infindável de nossos corpos.

────•────

Eram próximas das duas e meia da manhã quando resolvi sair do quarto. Beijei carinhosamente os fios loiros do meu rapaz e sua bochecha gordinha, cobrindo devidamente o seu corpo adormecido para que não sentisse frio. Deixei a porta aberta ao sair e desci as escadas em direção à cozinha, bocejando e espreguiçando o corpo de maneira desleixada a cada degrau.

Não demorou muito e eu já estava com o copo de leite quente adoçado com mel - uma mania que peguei devido à convivência com Jimin - em mãos. Tomei um gole e murmurei em satisfação, apoiando os quadris na ilha da cozinha enquanto fechava os olhos. Aos poucos, senti meu corpo relaxar novamente. Suspirei e tombei a cabeça para o lado, aproveitando o silêncio que a madrugada fria me proporcionava.

Após terminar a bebida, senti o meu estômago aquecer de forma suave, trazendo a sonolência para o meu corpo novamente. Dei poucos passos até a pia e lavei o copo, alheio ao meu redor. A água corrente e o som do recipiente sendo enxaguado aumentavam ainda mais minha sonolência.

Mas então, uma forte sensação de que estava sendo observado me atingiu. Meu coração disparou e a sonolência foi substituída por um alerta instintivo. Parei de lavar o copo, os dedos ainda úmidos, e levantei lentamente o olhar, depositado o copo na pia. Cada fibra do meu ser estava em alerta, e o silêncio ao meu redor parecia opressor, o próprio ar era espesso ao entrar por minhas narinas e meus pelos estavam arrepiados, não pelo frio, mas por aquela sensação agonizante de não saber quem estava atrás de mim.

Porque havia uma pessoa.

Eu tinha certeza.

Senti a respiração quente do indivíduo despencar do meu pescoço até minha canela rapidamente, quase imperceptível se não fosse o estado alerta de meu corpo. Permaneci paralisado por uns segundos antes de abaixar minha cabeça. A respiração era irregular, quase animalesca, e cada exalação parecia ecoar na cozinha silenciosa. Meu coração batia tão forte que eu podia ouvi-lo em meus ouvidos, e um suor frio começou a se formar na minha testa. A tensão era palpável, e o ar ao meu redor parecia se condensar ainda mais. Abri lentamente os olhos, olhando para minha esquerda.

Nada.

Não havia nada.

Soltei o ar preso em meus pulmões e pisquei fortemente, mas algo apitou em minha cabeça.

Direita.

Ele estava lá.

Vi o rosto sorridente do meu marido me encarando de volta. Ele estava me espiando do outro lado da ilha, abaixado e olhando para mim com olhos arregalados e sem piscar. Seu sorriso era largo e perturbador, esticando-se de uma maneira antinatural, como o gato Cheshire. Os dentes brancos brilhavam à luz fraca da cozinha, contrastando com a escuridão da madrugada. Havia algo profundamente errado em sua expressão, uma mistura de familiaridade e distorção que fez meu sangue gelar.

ESSE NÃO É MEU MARIDO. - JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora