O Alfa Alexander - ABO

Décimo Terceiro Capítulo: O Alfa Alexander

No quarto de Ayo

A festa havia ainda durado boas horas até finalmente terminar e Ayo poder ir para sua casa, o futuro alfa foi logo atrás como deveria de ser. A serva ajudou a ama a se banhar e se preparar para o que viria a seguir, em pouco tempo estava sozinha com Alexander em seu quarto.

- Quando eu disse que traria uma viúva para ser minha concubina me disseram que não há prazer em dormir com uma mulher que não tenha sido sempre sua. Eu ri desses comentários maldosos, mas agora descubro que a mulher na minha frente nunca foi tocada.

Ela se afasta receosa da presença do homem, sentindo-se acuada, não sabia como deveria agir.

- Meu príncipe já tem muita experiência, deve desejar alguma de suas primeiras concubinas, mais jovens e mais nobres do que eu. Devem saber entretê-lo melhor.

Ele inspira apenas porque a fragrância que a jovem exalava era inebriante para si, sabia que algumas ômegas possuíam cheiros distintos que poderiam até atrair machos de outras alcateias, mas não imaginava que o efeito era capaz de deixar tonto de tal maneira. Havia imaginado a situação em que estaria sozinho com ela diversas vezes, sabia da ansiedade dela, mas agora depois de saber sobre a virgindade da viúva sentiu que entendia mais o estranhamento.

- Não precisamos fazer nada se você se sentir desconfortável, hoje eu gostaria apenas de dormir com você Ayo.

- Mas por quê?

- Porque não quero que tenha medo de mim, uma concubina não deve viver com medo, não foi pra isso que eu lhe trouxe. Na verdade não quero ver outra expressão no seu olhar se não de prazer.

O rosto esquenta, mas ele não percebe pela pele escura.

- Meu senhor, não sou boa com esse tipo de coisa, peço que perdoe meus modos.

- Não há porque não fazê-lo

- Por que me escolheu? - Ela levanta os olhos escuros o encarando de maneira exasperada.

- Eu desejo beijar-la

- Poderia ter me pedido, poderia ter ordenado, ninguém se importaria.

- Ayo, desejo beijar você agora.

- Meu senhor disse que não preciso fazer nada que me deixe desconfortável. - Desviando o olhar.

- Mas você não quer?

- Não! Eu... Sou uma viúva, eu não deveria beijar você.

Ele perde um pouco a confiança, temia nunca poder ocupar espaço no coração da moça.

- Eu deveria sair? Quer que eu saia?

- Não, quero que fique aqui, quero que me fale o porquê me escolheu, alfa! Eu preciso saber.

- Ayo... Você é tão brilhante quanto a lua, mesmo sem poder estar com você era como se eu a sentisse aqui porque eu quero estar com você. Não é apenas um desejo como o de tocar seus lábios, o desejo existe, mas não é a bússola que guiou meu pedido. Quando perguntei para Charles se você aceitaria ser minha concubina e ele disse que sim eu me senti tão sortudo-

- Como? Eu nunca fui consultada!

- Vejo isso agora, o que ele fez com você me enoja, por isso ele será punido. Mas já estamos aqui, por que não tenta se abrir pra mim?

- Alexander... - Ela se cala notando que o chamou pelo nome. Pensa o que deveria fazer e então olha para os olhos bonitos.

Deusa, o homem era mesmo bonito como todas aquelas ômegas atrevidas falavam, ela sentia o aroma dele, o cheiro forte de futuro alfa impunha muita presença. O coração batia descompassado e a respiração pesava.