Alexandra Lisowska era uma historiadora fascinada pelo Império Otomano, que vivia no século 21.
Süleyman era um sultão, o maior de todos, do século 16.
Por algum motivo, Alexandra tem a responsabilidade de salvar a dinastia otomana do desastre que s...
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OITO. MALDITOS. ANOS.
Esse foi o tempo que ela perdeu.
Ela envelheceu cem anos em cada um que passou em cativeiro.
Conduzida até o sultão, ela cai em seus braços, cheia de saudades.
–Hürrem! Meu amor! Minha alegria! -diz Süleyman, tremendo de emoção. -sem você minha vida ficou uma noite sem estrelas!
–Eu tive medo de não ver você e nossos de novo, meu sultão!
Süleyman teve esse mesmo medo. Ele chegou a ter pesadelos em que Hürrem tinha morrido.
–Hatice pagará por isso! -ele promete, em tom sombrio.
Hatice tentou se envenenar quando foi descoberta, mas Süleyman arrancou o veneno da mão de sua irmã a tempo.
Com Hürrem em seus braços, ele decidiu sua pena.
–Tiro da Sultana Hatice, Sultanzade Osman e Huiricihàn Hanimsultan os títulos e qualquer direito sobre a Dinastia de Ali Osman. Ordeno que seus nomes sejam apagados da história do Império Otomano. Ordeno a decapitação dos três! E ordeno que seus corpos sejam queimados e suas cinzas jogadas no Bósforo. Traidores não receberão mais chances. Eu devia ter notado que a malícia de Ibrahim Pargali contaminaria a família dele!
Antes da sentença ser executada, Hürrem pede para falar com Hatice uma última vez.
–Você está feliz? -pergunta Hatice, furiosa.
–Sim. -Hürrem diz, se aproximando.
Para o choque de Hatice, Hürrem a acerta com força no rosto.
–Por sua causa não pude proteger meu Mehmed! -ela grita, subindo na irmã do sultão e dando vários tapas -Você se destruiu e causou dor a mim, a meus filhos e a seu irmão. E porque? Por causa de um homem que nem te amava e só te usou! Você é uma idiota!
Süleyman a segura pela cintura para ajudá-la a se equilibrar quando ela faz questão de ver a execução.
Ela olha com ódio quando finalmente, depois de ver os filhos morrerem, Hatice tem a cabeça cortada.
–Menos uma cobra. -fala Hürrem baixinho para si mesma, enquanto é levada para dentro do seu castelo.
–Hürrem meu amor. Tem alguém que eu quero que você conheça.
Süleyman chama por uma garotinha, trazida por uma criada.
–Hürrem... Essa é Humasha, nossa neta.
O coração da ruiva quase não aguenta de emoção.
–Nosso filho casou-se com Esmehan Baharnaz e gerou Humasha. Infelizmente, ele não a viu nascer. Mas ainda temos vivo um pedaço de nosso Mehmed.
Hürrem via muito do filho naquela menininha. Ela acaricia seu rosto.
–Você é minha vovó?
–Sim, querida.
–Onde esteve? Vovô chorou de tristeza porque a senhora não estava aqui. -Süleyman tosse um pouco sem graça quando a pequena fala isso.
–Oh meu bem, acredite. Eu queria estar com vocês.
–Mas agora que a senhora está aqui, promete ficar?
–Sim meu anjinho. Até o fim dos meus dias.
Seus filhos Mihrimah, Selim e Bayezid vêm o mais rápido possível.
Hürrem abraça com saudade um por um.
–Vocês cresceram tanto!
Sua Mihrimah era até mãe pela segunda vez!
–Minha filha, Ayse Humasha, e meu filho, Murad.
Hürrem fica radiante de felicidade.
Uma resolução sombria se alastra pelo seu coração.
Todos os seus inimigos vão pagar por separá-la de quem amava. Não importa quem seja, ela não terá misericórdia de ninguém.
Nunca mais ela permitirá que qualquer inimigo faça mal a si mesma ou sua família. A piedade acabou e ela estava de volta ao lar de onde nunca deveria ter saído.
