Samael passou boa parte do caminho em silêncio. Estava irritado e inquieto. Ele me levou até o meio de um nada; uma floresta. Lá, me entregou uma pá e disse para mim cavar. Estava fraca, quase caindo. Perguntei se podíamos dar uma pausa e ele respondeu que não de maneira ríspida e simples. Ordenou que eu cavasse, novamente. Sem muito o que fazer, cavei. Sentia meu corpo pulsar por fraqueza, precisava de um descanso e, talvez, de alimento. Porém, Samael sequer ligava. Ele ficou quieto, me assistindo cavar. Ele já estava no quarto cigarro dentre esse tempo. Eu não me lembrava de ter visto ele fumando outra vez além da primeira noite em que ele me tocou. Dava para deduzir que era um evento raro, porém, seus motivos ainda eram uma incógnita. Talvez, ele fumasse mais, entretanto, não na minha frente. Todavia, acho que fumar frente a mim não era um problema já que eu já o vira fumar. Acho que ele gostava de fumar quando estava pensando demais, ou irritado demais, ou inquieto demais. De qualquer maneira, era sempre um extremo, eu deduzi.
Com muito esforço, cavei a cova de Chloe. O corpo já estava frio e pesando mais do que o comum. A coloquei na cova e Samael mandou que eu a cobrisse de terra; assim eu fiz. Estava fraca demais, porém, consegui o obedecer. Acima de tudo, estava com medo. Samael ficou calado demais. Continuava me encarando, mas falava pouco. Se limitava a respostas curtas e frias. Sentia que hoje seria um dia longo. Já amanhecia e ainda estávamos naquela floresta no meio do nada.
Com Chloe já embaixo da terra, engoli o choro e me virei para Samael.
— E agora? — murmurei.
Samael tragou uma última vez o cigarro e o jogou no chão. Depois, se desescorou da árvore e veio até mim. Estava suja, cansada e com medo. Enquanto ele possuía poucas manchas de sangue na roupa e nas mãos. Sangue de Chloe.
Ele parou a centímetros de mim. Baixei o rosto, com medo de olhar para ele, porém, ele o ergueu, segurando meu queixo com força. Meus olhos foram até os dele. Ele estava furioso. Engoli em seco, sentindo a dor de um tapa que viria mas não veio. Samael apenas suspirou e encostou os lábios na minha bochecha. Ele suspirou de novo, dessa vez, mais perto da minha orelha. Me encolhi com um arrepio imediato. Samael arrastou os lábios pela minha pele, até chegar nos meus. Ele tocou seu lábios com delicadeza, roçando, mas não beijando de fato. Podia sentir sua respiração na pele e seu cheiro cobrindo-me. Cigarro possuía um novo significado para mim. Fumar. Não sabia o que queria, mas podia deduzir que estava se segurando para não o fazer. Depois, ele se afastou, cortando o contato, não tocando mais em mim. Ele recuou alguns passos. Parou, colocando as mãos nos bolsos. Pude notar que ele estava quase de pé sobre a cova de Chloe. Ele olhou para mim, com o olhar mais tranquilo, mas ainda irritado.
— Ajoelha — mandou, ríspido.
Engoli em seco, sentindo parte de mim tremer. Não desobedeceria. Fui até ele e me ajoelhei. Meus joelhos arderam contra as pedras, mas me mantive como ele mandou. Ergui meu rosto, olhando para ele, esperando sua próxima ordem.
Tranquilamente, Samael caminhou para trás de mim. Me mantive parada, esperando seus próximos passos. Atrás de mim, escutei um barulho. Mais tarde descobri que era o cinto de Samael sendo tirado. Depois, senti meus pulsos sendo puxados para trás das minhas costas. Assim, foram amarrados firmemente. Samael voltou para minha frente. Seus olhos percorreram-me, submissa a ele. Sua mão foi até a calça e apertou o início do volume que crescia ali. Ele suspirou baixinho, sempre mantendo o olhar em mim. Samael voltou até mim, se agachando na minha altura. Ele me olhou e eu pude sentir sua excitação tão quente como fogo. Sua mão tocou meu rosto, com seu dedo anelar e o do meio entreabrindo meus lábios. Como uma boa garota, abri minha boca, colocando a língua para fora. Samael deu um sorrisinho quase imperceptível, então, enfiou o dedos ali, bem fundo e forte. Engasguei sentindo o cheiro do cigarro frente a mim. Enfiou mais fundo e depois, tirou. Toci um pouco, mas ele não ligou. Aquela mão desceu até minha virilha, apertando ainda por cima da calcinha. Gemi baixinho e abri as pernas. Por cima do tecido, a ponta de seus dedos penetrava minha buceta, me fazendo arfar e fechar os olhos. Abri um pouco mais as pernas. Samael arrastou a calcinha para o lado, enfiando a ponta dos dedos novamente em mim. Mordi o lábio inferior, impedindo mais um gemido. Com força, ele enfiou tudo em mim. Fraquejei e gemi mais alto. Ele tirou e penetrou de novo. Segundos depois, mais uma vez. Então, começou a dobrar e desdobrar os dedos dentro de mim. Encostei meu rosto no ombro de Samael, pedindo apoio. A cada movimento que ele fazia dentro de mim, mais fraca eu ficava. Senti a mão livre de Samael dedilhar minha cintura, em seguida, se aprofundar na minha barriga, caçando a barra da minha camisa. Ele puxou minha camisa, enfiando a mão lá dentro e subindo até meus seios desprotegidos pela falta de um sutiã. Sua mão apertou um deles e eu pude sentir o volume de sua calça crescer. Seu dedo dedilhou meu mamilo enquanto os outros dois continuavam se afundando dentro de mim. Ele agarrou meu mamilo e o puxou, machucando, mas me dando certo prazer na dor. Ele apertou mais, enquanto continuava penetrando, dobrando e se desdobrando dentro de mim. Gemi mais alto, sentindo que ia gozar em pouco tempo. Então, Samael tirou a mão de dentro de mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝕯𝖊𝖒𝖔𝖓í𝖆𝖈𝖔 - 𝕯𝖆𝖗𝖐 𝕽𝖔𝖒𝖆𝖓𝖈𝖊 (+18)
HorrorO que você faria se acordasse de madrugada, imóvel, com um belo homem te encarando? Ágatha decidiu acreditar fielmente que isso era apenas um sonho e, eventualmente, ignorou - ou tentou ignorar - suas aparições. Mas isso se tornou impossível quando...